Mercado financeiro reduz projeção para a inflação oficial em 2019

Projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) passou de alta de 3,94% para 3,87% ao final
de 2019

BRASÍLIA- Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão
para o IPCA – o índice oficial de inflação – em 2019. O Relatório de
Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 11, pelo Banco Central,
mostra que a mediana para o IPCA este ano passou de alta de 3,94%
para elevação de 3,87%. Há um mês, estava em 4,02%. A projeção para o
índice em 2020 seguiu em 4,00%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo
nível.

As projeções para o crescimento do PIB, dólar e Selic ao final do ano
foram mantidas inalteradas em relação ao documento da última semana.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que
seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa também permaneceu em
3,75%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% para ambos os
casos.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da
meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5
ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de
4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a
meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

Na semana passada, ao manter a Selic (a taxa básica de juros) em
6,50% ao ano, o BC atualizou suas projeções para a inflação no
cenário de mercado: 3,9% para 2019 e 3,8% para 2020.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do
IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para
2019 foi de 3,83% para 3,88%. Para 2020, a estimativa do Top 5
permaneceu em 4,00%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de
3,90% e 4,00%, nesta ordem.

No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%,
igual ao verificado há um mês. A projeção para 2022 no Top 5 seguiu
em 3,50%, igual ao visto quatro semanas antes.

Fonte: economia.estadao.com.br

Mercado Imobiliário 2019: Tendências, novidades e perspectivas

Com um novo governo, segurança jurídica e maior nível de confiança, o mercado caminha com menos barreiras e mais possibilidades.

Sim, é verdade que faz quatro anos ou mais que os principais meios de comunicação noticiam que o mercado imobiliário está reaquecendo. E, é claro, neste ano de 2019 não poderia ser diferente!

Não, não poderia ser diferente mesmo. Isso porque vemos indicadores de aumento nas vendas e na quantidade de lançamentos nas principais regiões do país. Vemos também um mercado imobiliário arcaico que estava precisando de uma boa crise para se reinventar. Portanto, muito obrigado, crise!

Então, o que mais temos de novo para ser motivo dessa gratidão?

CENÁRIO ECONÔMICO GERAL

Primeiramente, temos um novo governo, que, gostando ou não, tem trazido sucessivos recordes a Bolsa de Valores e, o principal, tem devolvido a confiança para o empresário e para o consumidor.

Outro ponto que merece nossa atenção é a manutenção da taxa básica de juros (Selic) no patamar de 6,5%, definida na primeira reunião do COPOM neste ano (06/02/2019). Para fator de comparação, em 2017, a taxa básica chegou a bater em 13,75%!

Juntamente, temos uma inflação controlada, que fechou o ano de 2018 em 3,75%, ou seja, abaixo do centro da meta do Governo que era de 4,5%. Acompanhada por uma projeção de crescimento do produto interno bruto (PIB) para 2,5% em 2019.

JURÍDICO

A publicação da Lei 13.786/18 que regulamenta o famoso distrato imobiliário, traz a segurança jurídica necessária ao incorporador, que não conseguia a previsibilidade de caixa necessária para dar andamento a projetos e manter as finanças da empresa saudáveis.

Pela nova lei, a incorporadora pode reter até 50% do valor pago, caso o novo imóvel tenha sido adquirido na planta e em regime de patrimônio de afetação.

MERCADO IMOBILIÁRIO

O mercado imobiliário em 2019 vem sendo “puxado” principalmente pela habitação popular, amparada pelo principal programa habitacional do governo brasileiro, o Minha Casa Minha Vida (MCMV). Em algumas regiões do país, como São Paulo, está ocorrendo um boom nesse setor, onde a demanda por novas moradias está superando a capacidade de oferta. Segundo o Ministério das Cidades, o programa corresponde atualmente a 70% do mercado imobiliário brasileiro.

Incorporadoras que antes eram focadas no médio/alto padrão estão buscando novas alternativas no mercado popular. É o caso da Cyrela, que criou a Vivaz para atuar no mercado MCMV.
Ademais, o governo sinaliza que a Caixa Econômica vai continuar ampliando sua atuação social na habitação, focando em maiores recursos e juros baixos no MCMV.

SFH – IMÓVEIS ATÉ R$ 1,5 MILHÃO

No médio/alto padrão, também temos movimentos que sinalizam uma melhora, como o novo teto para financiamento de imóveis na modalidade SFH, que permite a utilização do FGTS e concebe juros menores que os praticados pelo SFI. Até o final de 2018, o valor máximo do imóvel a ser financiado era de R$ 800 mil a 950 mil, a depender da região do país. Atualmente, esse teto é de R$ 1,5 milhão para todo o Brasil.

PRÓ-COTISTA X SFH

Ao passo que a Caixa aplica juros de mercado para médio e alto padrão, bancos privados como Bradesco e Santander, estão em processo de abertura de suas linhas pró-cotista, oferecendo ao consumidor que não se encaixa no MCMV, mais uma modalidade de crédito frente ao SFH.

Porém, os juros da pró-cotista não estão  atrativos neste momento, estando altos frente aos praticados no SFH. A esperança é que, no decorrer dos próximos meses, esses juros baixem por efeito da concorrência entre as instituições financeiras.

Fonte: https://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/financiamento-pro-cotista-da-caixa-reabre-com-juros-maiores/

Fonte: infoimobs.com.br

Bovespa opera em alta, após forte queda no dia anterior

No dia anterior, o IBOVESPA caiu 3,74%, a 94.635 pontos, na maior queda diária desde 28 de maio de 2018.

O principal indicador da bolsa paulista, a B3, opera em alta nesta quinta-feira (7), se recuperando da forte queda da véspera, puxada principalmente por ações de bancos e Petrobras, enquanto a Vale ainda era pressionada por preocupações sobre os desdobramentos da tragédia em Minas Gerais.

Às 13h42, o IBOVESPA subia 0,73%, a 95.404 pontos.

Destaques

CSN, CVC e Eletrobras lideravam as altas do índice, com valorização de mais de 3%.

As ações do Bradesco e Banco do Brasil tinham alta de mais de 1%.

A ação da Vale caía perto de 1%, ainda afetada por temores sobre os desdobramentos da tragédia com o rompimento de uma barragem da empresa e impactos da suspensão da barragem Laranjeiras, que atende a maior mina da companhia em Minas Gerais. Desde o desastre em Brumadinho, no final de janeiro, o papel da Vale acumula queda de mais de 24%, segundo a Reuters.

Petrobras tinha valorização, a despeito da queda dos preços do petróleo, ajudando a sustentar o IBOVESPA no azul.

BRF liderava as baixas do dia, com queda de quase 5%, após anunciar venda de ativos e adiamento de metas.

Cenário local e externo

A Reuters destaca que a equipe da XP Investimentos afirmou que, apesar do declínio da véspera, continua otimista e acredita que 2019 pode ser transformacional para o Brasil com a evolução das reformas necessárias.

Eles reiteraram, contudo, que o mercado antecipou parte da melhora no cenário no Brasil e que fevereiro pode ser de volatilidade, com respiro no IBOVESPA.

Análise gráfica da Ágora aponta que o índice iniciou o movimento de queda esperado em direção ao primeiro apoio marcado nos 94.500, podendo estender até perto de 93.100 ou mais abaixo, nos 91.200, nível onde a força compradora poderia atuar.

O cenário externo mais negativo atenuava uma recuperação mais forte, com Wall Street caminhando para baixa, com preocupações sobre crescimento pesando nos negócios após a União Europeia cortar previsões para a economia.

Pregão anterior

No dia anterior, o IBOVESPA caiu 3,74%, a 94.635 pontos. Foi a maior queda diária desde 28 de maio de 2018, quando o índice recuou 4,48% em reação à greve dos caminhoneiros. Em 2019, porém, o índice acumula alta de 7,68%.

A queda foi puxada por um movimento conhecido como realização de lucros – ou seja, investidores aproveitam as altas dos dias anteriores para vender ações a um valor mais alto do que compraram. Com diversos investidores fazendo isso, aumenta a oferta de ações de mercado e o preço, consequentemente, cai.

Fonte: g1.globo.com

Mercado questiona viabilidade de venda de carteira da Caixa

A Caixa tem cerca de 70% do crédito imobiliário no Brasil. A venda de R$ 100 bilhões representaria 23% da carteira de crédito habitacional do banco, que somava R$ 440,5 bilhões no fim do terceiro trimestre de 2018.

A intenção da Caixa de vender até R$ 100 bilhões da sua carteira de crédito em quatro anos pode levar o mercado de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), que hoje soma R$ 79 bilhões em estoque, a mais do que dobrar de tamanho. Os especialistas, contudo, questionam a viabilidade do banco estatal colocar um volume tão grande desses papéis no mercado de capitais.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, disse ontem, em evento promovido pelo Credit Suisse, que o banco não explora a securitização como funding de maneira adequada e que a meta de chegar a R$ 100 bilhões com essas operações ainda baixa. Guimarães afirmou que a Caixa também pode securitizar a carteira de crédito de grandes empresas.

A Caixa tem cerca de 70% do crédito imobiliário no Brasil. A venda de R$ 100 bilhões representaria 23% da carteira de crédito habitacional do banco, que somava R$ 440,5 bilhões no fim do terceiro trimestre de 2018.

O plano da Caixa é visto como ousado pelos especialistas. A primeira dificuldade será colocar esse volume de CRI no mercado, uma vez que o principal investidor desses ativos hoje são pessoas físicas, que contam com benefício fiscal. Para ampliar a demanda seria preciso trazer os investidores estrangeiros e os fundos de pensão.

O investidor estrangeiro não investe nesses papéis, emitidos em reais no Brasil, por causa da variação cambial. Além disso, o benefício fiscal para o investimento nesse ativo é concedido apenas para o investidor estrangeiro pessoa física, e não vale para os institucionais, explica Tatiana Penido, sócia especialista de tributos de investimentos do Mattos Filho. “Com isso fica difícil ele investir, porque ele já tem isenção fiscal para a aplicação em outros ativos brasileiros como os títulos públicos”, diz.

No caso dos fundos de pensão, a concorrência é com os títulos públicos já que as fundações são isentas para compra de ambos papéis e o prêmio oferecido pelo CRI em relação ao título do Tesouro é considerado baixo para correr esse risco.

O segundo fator que pode dificultar a venda de recebíveis imobiliários da Caixa é a remuneração do ativo. Os investidores não gostam de papéis atrelados à Taxa Referencial (TR), indexador da maior parte da carteira de crédito imobiliário da Caixa e que hoje está em zero. Por isso, até hoje, houve poucas operações de securitização de crédito imobiliário de bancos. A maior parte da venda de carteira de crédito imobiliária pelos bancos via securitização foi comprada pelo FGTS, que adquiriu R$ 8,99 bilhões em 2016, sendo 79% desse volume de CRI da Caixa. “Difícil encontrar investidor que vai querer correr risco de TR”, diz Vicente Nogueira, sócio da securitizadora Habitasec.

Para securitizar uma carteira atrelada a TR, a Caixa terá de pagar uma taxa mais alta ao investidor, segundo Nogueira. Os papéis pulverizados, que têm como lastro recebíveis de contratos de imóveis residenciais, costumam pagar um retorno de 7% a 10% mais a variação da inflação. Essa taxa é bem maior do que o custo de funding com recursos da poupança e do FGTS, o que poderia levar a Caixa a ter que cobrar um juro mais elevado no crédito imobiliário.

A mudança nas regras anunciadas pelo Conselho Monetário nacional (CMN) em 2018 pode facilitar a venda desses créditos ao permitir a adoção de indexadores de mercado para operações de crédito imobiliário com funding da poupança. “A Caixa teria que absorver a diferença [entre o custo do CRI e do crédito atrelado a TR] e entrar na cota subordinada dos CRIs [que são as primeiras a absorver as perdas] ou passar a fazer novos financiamento com outro indexador”, diz Eduardo Malheiros, sócio e presidente da gestora Habitat Capital Partners.

Os fundos imobiliários, que têm patrimônio de R$ 81 bilhões, poderiam absorver parte desse volume. “É preciso ver primeiro que tipo de imóvel será dado em garantia desses créditos da Caixa; se será Minha Casa, Minha Vida ou não, qual o tíquete médio das operações e como está a taxa de inadimplência da carteira”, afirma Daniel Malheiros, sócio da gestora de ativos imobiliários RBR Asset Management.

O analista de crédito da S&P Global, Pedro Breviglieri, lembra que a Caixa pretende pagar os R$ 40 bilhões de instrumento híbrido de capital e dívida ao Tesouro, o que obrigará o banco a reduzir o balanço.

Uma das soluções para a Caixa testar o apetite do mercado em relação a esses papéis seria criar um fundo e transferir esses créditos para ser distribuído para outros cotistas, afirma Bruno Tuca, sócio do escritório Mattos Filho.

No ano passado, apenas 11,6% dos R$ 9,02 bilhões de CRIs emitidos eram de operações de crédito imobiliário residencial, segundo dados da edição 2019 do Anuário Uqbar: Certificados de Recebíveis Imobiliários.

Os CRIs representavam apenas 6% do funding para o crédito imobiliário em outubro de 2018. Esse mercado, contudo, tem grande espaço para crescer à medida que outras fontes de recursos, como o FGTS e a poupança, se tornarem insuficientes para atender o aumento da demanda no mercado imobiliário.

Malheiros, da Habitat, acredita que, para a securitização da carteira imobiliária dos bancos ganhar força, o governo poderia flexibilizar a exigibilidade de destinação de 65% das captações da poupança para crédito imobiliário, o que hoje dificulta que os bancos retirem esses créditos do balanço. “Os bancos não têm muita margem de manobra para fazer a securitização”, diz.

Breviglieri, da S&P, lembra que, com funding para o setor, o CRI casa melhor com a carteira de crédito imobiliário com prazos maior.

Fonte: ibrafi.org.br

Investir em imóveis é uma boa opção para 2019, dizem especialistas

“O imóvel sempre é um bom negócio, é um investimento de raiz, ninguém toma de você. E como há déficit habitacional muito grande no Brasil, o imóvel sempre vai valorizar mais”

Quando se fala em investimento seguro e rentável, logo se pensa em imóveis. Diante disso, saber como usar o dinheiro de forma inteligente pode fazer com que tenha bons resultados. Com a economia instável, no Brasil, investir em algo seguro neste ano que está começando tem sido a opção de muitas pessoas.

“Com a economia nesse estado, os investidores tem medo de deixar o dinheiro no banco. O imóvel fica no seu nome, é mais seguro. Ninguém tira de você, é uma coisa certa”, afirma a corretora de imóveis, Selma Sumaia, de São José do Rio Preto (SP).

Se no mercado de valores você fica na dúvida entre arriscar pouco e ganhar pouco ou arriscar muito e ganhar muito, o imóvel é um investimento mais seguro. Há até um velho ditado que diz “quem compra terra, não erra”.

Mas é importante ter alguns cuidados, segundo Selma, como ver a localização, pesquisar preços, ver as condições da casa ou apartamento e acessibilidade são as dicas da corretora na hora de investir.

“Procurar um imóvel bem localizado e que esteja em boas condições, ver a saúde do condomínio. Tem que saber investir, saber comprar. Compensa mais comprar um apartamento pequeno e bem localizado, do que um apartamento grande, porém em condições ruins”, explica.

Em contra partida, o imóvel não tem liquidez, ou seja, se precisar vender rápido porque precisa do dinheiro, é um problema. O economista Hipólito Martins explica alguns pontos negativos

“Outra ponto fraco de investir em imóveis é ter que arcar com as manutenções, como IPTU, limpeza e pagamento de condomínio. Esses são os dois pontos negativos”, explica o economista.

Para Hipólito, o pior da crise econômica brasileira já passou e a tendência é que a economia tende a crescer neste ano, mas muitos ainda têm receio em deixar o dinheiro no banco ou arriscar em algum outro investimento.

“O imóvel sempre é um bom negócio, é um investimento de raiz, ninguém toma de você. E como há déficit habitacional muito grande no Brasil, o imóvel sempre vai valorizar mais”, afirma.

Projeção

  • Rentabilidade: Se você comprar uma casa ou um apartamento para revender na busca de ter um lucro, mas não conseguir, talvez alugá-lo pode ser uma boa saída.
  • Preservação do patrimônio: Como o imóvel estará em seu nome e por se tratar de um bem físico, o investidor se sente mais confiante do que apenas ter o dinheiro guardado no banco.
  • Boas projeções: Com a economia brasileira melhorando, a tendência é que o mercado se aqueça em 2019.

Cuidados

  • Bem localizado: Segundo Selma, é importante procurar imóveis em regiões da cidade que estejam crescendo, ou então que tenha serviço para os moradores (como supermercado, lojas, e afins). Outro ponto importante é a acessibilidade ao imóvel, com boas opções de ruas e avenidas.
  • Boas condições: Se vai comprar uma casa ou apartamento, é importante ver o estado de conservação do imóvel. Algumas obras podem custar caro e, com isso, aumenta o valor do investimento. Em caso de terreno, uma área plana facilita e não seria necessário terraplanagem.

•          Saúde do condomínio: Se for comprar uma casa em condomínio ou um apartamento, ver a saúde financeira do local é importante. Um condomínio ‘no vermelho’ pode fazer com que a taxa de condomínio aumente.

Fonte: ibrafi.org.br

Preço nominal de imóveis volta a crescer em 2018 após 3 anos de queda

A informação foi divulgada hoje, pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip)

São Paulo – O preço nominal médio dos imóveis residenciais em dez capitais brasileiras subiu 0,64% em 2018. Com isso, os preços no mercado imobiliário voltaram para o campo positivo após fecharem em queda por três anos consecutivos: 2017 (-0,60%), 2016 (-2,26%) e 2015 (-0,20%).

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 21, pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), cuja pesquisa considera os valores de imóveis vendidos por meio de financiamento bancário.

A pesquisa mostrou que, em 2018, oito das dez capitais pesquisadas tiveram alta nos preços: Belo Horizonte (0,27%), Brasília (0,29%), Porto Alegre (0,40%), Goiânia (1,14%), Curitiba (1,17%), São Paulo (1,31%), Fortaleza (1,31%) e Salvador (1,33%). Na contramão, houve queda dos preços no Rio de Janeiro (-1,49%) e em Recife (-0,22%).

Apesar da elevação nominal dos preços na maioria das capitais, os valores ficaram abaixo da inflação no período, o que ainda representa uma desvalorização real dos imóveis.

A Abecip avaliou que uma recuperação mais forte do mercado imobiliário, capaz de impactar os preços reais, ainda depende de um conjunto de fatores, como a aceleração da economia nacional e a aprovação de reformas estruturais no País.

“O desempenho do mercado imobiliário ainda depende da aprovação das reformas necessárias para que esta retomada seja suficiente para impactar a confiança de investidores e as condições do mercado de trabalho que possibilitem um crescimento significativo da massa salarial”, afirmou a Abecip, em nota.

A entidade disse também que as condições para o financiamento das moradias devem melhorar com a tendência de permanência das taxas de juros em níveis historicamente baixos.

Fonte: exame.abril.com.br

Recuo no preço de venda dos imóveis é uma boa oportunidade para se investir no setor

Recuo no preço de venda dos imóveis é uma boa oportunidade para se investir no setor

Segundo mais recente pesquisa realizada pela FipeZap e divulgada no último mês, o preço de venda de imóveis no Brasil apresentou queda pelo segundo ano consecutivo. Desde 2008, quando o índice passou a ser divulgado, somente nos anos de 2017 e 2018 houve queda de preço na venda de imóveis.

Vários fatores influenciam na queda do preço dos imóveis. Dentre eles, há a própria economia, que, oscilando, acaba por retirar um pouco da confiança do comprador, independente do objetivo de aquisição: “seja para morar ou investir, o que representa imobilização do capital”, como informa o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa.

Fatores como o desemprego, que afeta diretamente a capacidade do comprador de honrar com o negócio que pretende firmar, modificações nas regras, que tendem a dificultar o acesso aos financiamentos habitacionais, acompanhadas de alta na taxa de juros, também contribuem para o aumento do estoque de imóveis, resultando em queda nos preços. “E quanto maior a oferta de imóveis, menor será o preço médio praticado”, lembra o presidente da ABMH.

De acordo com Vinícius Costa, para quem quer investir em imóveis e recuperar o capital a médio prazo, o cenário de queda de preços não é dos piores. “Tendo dinheiro na mão, é mais fácil negociar com o vendedor, principalmente se ele tiver um bom número de unidades imobiliárias estocadas. Adquirir um imóvel por um preço mais baixo e obter dele lucro mediante revenda ou locação é uma forma de recuperar o investimento feito.”

Também é um cenário favorável para quem pretende trocar de imóvel e possui recursos próprios. “É possível às vezes barganhar em cima das permutas, ou até mesmo somente sobre a nova aquisição, pois para quem vende sair da situação de capital imobilizado para recurso na mão é muito mais atraente, ainda que o lucro não seja aquele que se esperava”, completa o presidente da ABMH.

Para 2019, ainda não há como prever como o mercado imobiliário reagirá. “O certo é que o setor de habitação ainda assim consegue sobreviver a crises e gera oportunidades para todo mundo, bastando apenas demandar tempo e estudo para concretizar um bom investimento, ou a realização do sonho da casa própria”, finaliza Vinícius Costa.

Fonte: investimentosenoticias.com.br

 

Secovi: mercado imobiliário de SP pode crescer 10% com ajustes no plano diretor

“Com poucos lançamentos durante a crise, esse problema não aparecia. Agora, a falta de terrenos está fazendo com que os novos projetos migrem para regiões periféricas”

Os lançamentos e as vendas de empreendimentos imobiliários na cidade de São Paulo em 2019 podem subir até 10% em relação a 2018 caso a prefeitura atenda os pedidos de empresários de ajustes no Plano Diretor, de acordo com estimativa do vice-presidente de incorporação e terrenos urbanos do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Emílio Kallas. “Se forem aprovadas rapidamente as calibragens na prefeitura, é razoável estimar um crescimento de 10%. Sem isso, o mercado vai se arrastar, perto da estabilidade, com a comercialização de projetos que já estavam aprovados”, disse em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Segundo Kallas, o reaquecimento da atividade das incorporadoras evidenciou a falta de terrenos para projetos nos arredores de vias com corredores de ônibus e estações de trens e metrôs, justamente onde o Plano Diretor incentiva novas construções. “Com poucos lançamentos durante a crise, esse problema não aparecia. Agora, a falta de terrenos está fazendo com que os novos projetos migrem para regiões periféricas”, conta.

Por conta disso, os empresários pedem que a prefeitura flexibilize os limites de construção e reduza o valor da outorga (licença) para o desenvolvimento imobiliário. “Quanto mais caro o insumo, mais caro para os consumidores”, diz o vice-presidente do sindicato patronal.

Kallas estima que o mercado imobiliário de São Paulo fechará o ano de 2018 com lançamentos de 30 mil unidades e vendas de 28 mil unidades, aproximadamente. Se confirmado, isso representará alta de 5% e 18%, respectivamente, em relação a 2017. “O mercado vem se aquecendo nos últimos meses, especialmente após a definição das eleições”, avalia. “Temos visto maior movimento nos estandes e maior velocidade na decisão de compra pelos consumidores.”

Vendas e lançamentos

A pesquisa mais recente do Secovi-SP, antecipada nesta segunda para o Broadcast, mostra que o mercado de imóveis residenciais novos da cidade de São Paulo em novembro teve elevação de lançamentos e vendas quando comparado com outubro, mas mostrou leve recuo em relação ao mesmo período do ano passado.

Foram vendidas 3,843 mil moradias em novembro, 36,5% superior a outubro e 0,6% inferior a novembro do ano anterior. Os lançamentos chegaram a 6,068 mil unidades, resultado 29,3% superior ao de outubro e 7,3% abaixo de novembro do ano anterior.

Já no acumulado do ano o mercado imobiliário paulistano registrou expansão. Entre janeiro e novembro de 2018, as vendas totalizaram 24,725 mil unidades, alta de 32,5% frente ao mesmo período de 2017. E os lançamentos, de 25,042 mil, tiveram crescimento de 15,8% na mesma base de comparação anual.

Com mais lançamentos do que vendas em novembro, o estoque de imóveis residenciais novos (na planta, em obras e recém-construídas) na capital paulista cresceu e atingiu 20,237 mil moradias, alta de 10,6% em relação a outubro e de 3,6% em comparação a novembro do ano anterior. Apesar do crescimento no mês, o estoque ainda está distante do seu pico de 28 mil unidades registrado no auge da crise, em 2015.

Kallas comenta que os preços dos imóveis novos, em fase de lançamento, ainda têm uma defasagem na ordem de 10% a 15% em relação ao valor que seria considerado normal para fazer frente aos riscos do negócio e às expectativas de lucro. Mas com o reaquecimento do mercado, a situação vem mudando gradualmente, segundo ele. “Mesmo que ainda haja algum tipo de desconto, os incorporadores já têm mostrado um pouco mais de coragem para pedir valores maiores”, afirma.

As pesquisas de mercado mais recentes têm mostrado que os preços seguem deprimidos, a despeito da retomada gradual das atividades do setor. O preço médio dos imóveis caiu 0,21% na comparação de 2018 contra 2017, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que é feita com base na média dos anúncios de imóveis usados de 20 cidades no site Zap. Em São Paulo, maior mercado imobiliário do País, foi registrada alta de 1,79%.

Já de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que apura os valores de imóveis novos e usados vendidos por meio de financiamento bancário, os preços subiram 0,55% no ano passado, considerando a média de nove capitais. Em São Paulo, o aumento foi de 1,16%.

Fonte: istoedinheiro.com.br

2019 e o mercado imobiliário

Depois de passar por uma de suas maiores crises, o mercado imobiliário brasileiro ensaia um retorno em grande estilo já no primeiro semestre de 2019.

Um grave crise econômica combinada com o envolvimento das grandes incorporadoras em escândalos de corrupção simplesmente parou este mercado nos últimos 3 anos, fazendo com que empresas deste setor revisassem seus planos de negócios, freando boa parte dos investimentos previstos e trabalhando apenas com unidades em estoque e em projetos que já estavam em andamento, incluindo até mesmo, aquelas empresas que conseguiram permanecer saudáveis durante este período.

Passada a tempestade perfeita, um novo cenário para o mercado imobiliário se vislumbra à nossa frente para os próximos 5 anos, com expectativas de juros menores, maior abertura de financiamentos bancários, um ambiente mais seguro juridicamente e o lançamento de novos produtos que prometem agradar a todas as classes econômicas e faixas etárias.

Uma economia mais favorável

Com sinais de melhora já verificados a partir do segundo semestre de 2018 (1), o mercado imobiliário tem boas perspectivas de retorno de seu ciclo virtuoso em 2019, amparado por diversos fatores bastante favoráveis para a concretização deste cenário, sendo o principal deles, a recuperação da nossa economia.

O novo governo tem sinalizado de diversas formas que a recuperação do cenário macroeconômico do Brasil e a subsequente volta do crescimento do nosso país é uma de suas principais metas, mantendo-se baixa a taxa de juros e a sob controle, a inflação.

Sem especular tanto o futuro, já temos elementos concretos com os quais podemos contar para trabalhar neste cenário positivo, como o fato da taxa Selic continuar em um patamar baixo (com forte tendência de assim permanecer), e assim manter também a taxa básica de juros mais baixa, o que aumenta a oferta de crédito imobiliário e melhora as condições deste crédito para os consumidores.

Além disso, a partir deste mês, passa a valer o aumento do teto do valor dos imóveis enquadrados no Sistema Financeiro da Habitação – SFH para R$ 1.500.000. Essa medida não só estimula a aquisição de imóveis por novos compradores que passam a ter acesso a taxas de juros mais baixas do que teriam no Sistema de Financiamento Imobiliário – SFI como também aumenta a faixa para uso dos recursos de FGTS para a aquisição de imóveis.

Isso sem falar na alteração da previsão de crescimento do montante de crédito imobiliário a ser ofertado com recursos das contas poupança que passou de 10% para 16% em 2019, o que trará uma grande oferta de recursos financeiros a serem utilizados para a aquisição de imóveis.

Segurança jurídica

Quase no apagar das luzes de 2018, foram publicadas as tão aguardadas Lei 13.777/18 que regulamenta a multipropriedade e a Lei 13.786/18 que disciplina a resolução do contrato por inadimplemento do adquirente de unidade imobiliária, trazendo uma importante segurança jurídica ao mercado imobiliário.

Apesar de já existirem alguns empreendimentos construídos sob a modalidade da multipropriedade no Brasil, até o implemento da Lei 13.777/18, os coproprietários de unidades deste tipo enfrentavam inúmeros problemas gerados exatamente pela falta de uma regulamentação específica que determinasse seus direitos e obrigações e possibilitasse o registro desta copropriedade vinculada à fração do tempo de uso na correspondente matricula do imóvel.

Ao incluir o Capítulo VII-A – Do Condomínio em Multipropriedade no Código Civil e alterar a Lei de Registros Públicos para dispor sobre o processo de registro da multipropriedade, a Lei 13.777/18 conseguiu solucionar boa parte destes problemas, regulamentando a multipropriedade como um novo regime de condomínio em que cada um dos proprietários de um mesmo imóvel é titular de uma fração de tempo, à qual corresponde a faculdade de uso e gozo, com exclusividade, da totalidade do imóvel, a ser exercida pelos proprietários de forma alternada.

Além disso, dentre outras importantes disposições, a nova legislação estabeleceu que o imóvel objeto do empreendimento constituído sob o regime jurídico da multipropriedade, assim como a correspondente fração de tempo, é indivisível, não estando sujeito à ação de divisão ou de extinção de condomínio e, ainda, extinguiu a necessidade de anuência prévia dos demais proprietários, bem como o direito de preferência, no caso de venda da propriedade.

Já a tão esperada Lei 13.786/18, passou a disciplinar de forma clara e objetiva, os procedimentos para a resolução dos contratos por inadimplemento de adquirentes de unidades imobiliárias em incorporação imobiliária e em parcelamento de solo urbano, dirimindo de uma só vez os diversos entendimentos da jurisprudência (2) acerca deste tema que se tornou tão delicado para esta indústria, ao representar cerca de R$ 7,5 bilhões em prejuízos apurados em apenas dois meses de 2017 (janeiro e fevereiro) (3), em decorrência da falta de parâmetros legais acerca da motivação do distrato, da porcentagem de retenção de quantias pagas e da aplicação de multas.

Conforme estudo feito pela ABRAINC em conjunto com a FGV em 2017, a ocorrência (e recorrência) dos distratos na forma como estava sendo realizada, representou um impacto grande e direto nas receitas obtidas com a venda das unidades, na medida em que, além de reduzir o valor nominal das receitas, ainda aumentou os custos da incorporação, com custos associados à revenda das unidades devolvidas e custos financeiros para obter o capital necessário para fazer frente às despesas extraordinárias geradas pelos distratos (4).

A partir de agora, em caso de distrato ou resolução do contrato por seu inadimplemento absoluto, o adquirente receberá a restituição das quantias já pagas deduzidos os seguintes valores pelo incorporador: (i) comissão de corretagem; (ii) penalidade de até 25% da quantia até então paga pelo adquirente ou de até 50%, no caso de incorporação com patrimônio de afetação; (iii) os impostos incidentes sobre o imóvel, cotas condominiais e contribuições associativas; (iv) 0,5% sobre o valor atualizado do contrato, a título de fruição do imóvel; e (v) demais encargos incidentes sobre o imóvel e despesas previstas no contrato.

Novos produtos imobiliários

Como dizem por aí, “mar calmo não faz bom marinheiro” e foi nesse mar bem agitado que os players do mercado imobiliário navegaram nos últimos anos que surgiram novos produtos para atender demandas de diferentes grupos de consumidores, preparando este setor para essa nova fase de, esperamos, bonança.

Assim, para atender a uma geração que já não sonha tanto com a casa própria, que quer ter experiências ao invés de patrimônio e que se preocupa muito mais com questões sociais e ambientais do que as gerações anteriores, surgiram aqueles empreendimentos imobiliários que oferecem apartamentos/studios com até 14 m², localizados bem próximos a estações de metrô e alguns até sem vagas de garagem com sistema de carros compartilhados.

Como todos sabem, o maior player hoje deste tipo de produto é a Vitacon, que registrou vendas superiores a R$ 1 bilhão em 2018 (5) em empreendimentos de unidades compactas ou super compactas na cidade de São Paulo e tem investido em outros novos produtos deste mesmo segmento, como os empreendimentos coliving – apartamentos apenas com quarto e banheiro, tendo as demais dependências estabelecidas com áreas comuns do edifício para que todos os moradores possam compartilhar, edifícios com escola instalada no térreo e até mesmo, os chamados empreendimentos “multifamily” em que o publico-alvo são consumidores que não querem adquirir um imóvel, já que todas as suas unidades são de propriedade da própria incorporadora que as aluga incluindo determinados serviços.

No lado oposto deste novo conceito tão bem explorado pela Vitacon, vemos surgir as residências com serviços de hotel de luxo, algo tão comum no exterior, mas que no Brasil é um produto novo, sendo o Four Seasons Private Residences, o primeiro empreendimento deste tipo a ficar pronto em São Paulo.

Com 84 unidades entre 92 m² e 213 m² entregues já decoradas, este empreendimento de altíssimo padrão oferece um experiência única voltada em sua grande parte para clientes de long stay. Seguindo esta mesma linha de atuação, já vislumbramos no pipeline os residenciais do hotel Fasano no Itaim e do Rosewood na Cidade Matarazzo nos Jardins.

Aproveitando-se de um ambiente mais regulado, o que aumenta seu valor agregado como investimento, não podemos deixar de mencionar os empreendimentos desenvolvidos sob a modalidade de multipropriedade e os condo hotéis, que são na verdade empreendimentos de “second stay”, também extremamente comuns no exterior, mas ainda incipientes no Brasil, apesar do grande potencial turístico do nosso País.

Há também uma boa perspectiva de que os Fundos de Investimento Imobiliário, os famosos FIIs, voltem a representar um meio alternativo, eficiente e rentável de investimento no mercado imobiliário. Apesar dos custos relacionados com sua constituição e manutenção, investir em FIIs pode ser mais vantajoso do que investir em imóveis diretamente, não só pela necessidade de um investimento inicial baixo, mas também pela tributação mais favorável, uma vez que os rendimentos distribuídos aos cotistas são isentos de Imposto de Renda (6).

Com investimentos em lajes corporativas, shopping centers, galpões logísticos, títulos de renda fixa atrelados ao mercado imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e ainda em imóveis objeto de retrofit, sale lease back e built to suit, os FIIs possuem carteiras de investimento bem variadas, o que diminui o risco da carteira ao investidor e aumenta a possibilidade de ganhos em diferentes mercados.

E como o mercado imobiliário não pode parar, mesmo as modalidades de empreendimentos imobiliários mais tradicionais estão sendo revisitadas para enfrentar este novo cenário. Projetos multiuso, com empreendimentos comerciais e residenciais no mesmo terreno, passaram a contar também como shopping centers e hotéis como condôminos. Os chamados street malls integrados aos loteamentos estão se espalhando pelo Brasil e os novos condomínios clube agora contam com parques enormes que são abertos a toda a comunidade local, além dos condôminos do empreendimento.

Diante de tudo isso, só podemos esperar, com bastante otimismo, muito trabalho pela frente para todos aqueles que, de alguma forma, estão envolvidos na cadeia produtiva do setor imobiliário brasileiro.

(1) De acordo com levantamento feito pelo Secovi-SP as vendas de unidades residenciais em São Paulo tiveram um aumento de 41,2% de 2017 para 2018.

(2) Pelo quanto estabelecido nas Súmulas 01 e 03 do TJ/SP e na Súmula 543 do STJ, as incorporadoras de passaram a ser obrigadas a devolver imediatamente parte dos valores até então pagos pelo adquirente e uma única parcela, sem considerar quaisquer outras variáveis deste mercado, como por exemplo as aquisições feitas por investidores.

(3) De acordo com Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2017.

(4) “Tais custos variam conforme o tamanho e as características do empreendimento. Nos exemplos considerados no estudo, como mostra a Tabela 4.1.1. , a média desses custos é de 11% do total da receita obtida pelas vendas, o que equivale a 55% do valor pago no período pré-chaves.” – pg. 32 do Estudo “Análise dos Efeitos Econômicos e Financeiros dos Distratos nas Compras de Imóveis Residenciais na Planta sobre as Empresas Incorporadoras” realizado em conjunto com a FGV/Projetos em 30 de outubro de 2017, disponível no site www.abrainc.com.br

(5) Informação disponível no site www.vitacon.com.br

(6) Para haver esta isenção, o FII deve ter, no mínimo, 50 cotistas e ter cotas negociadas em bolsa. Além disso, o cotista beneficiado pela isenção fiscal não pode deter mais de 10% das cotas do fundo.

Fonte: estadao.com.br

Dólar cai pela 4ª semana e real é a moeda que mais se valoriza no mundo

Após a queda de 4% nas duas primeiras semanas de 2019, a dúvida é se o dólar tem fôlego para cair mais no Brasil nas próximas semanas

Na visão de estrategista, os investidores ficaram “otimistas demais” com o novo governo e o andamento das reformas não deve ser tão fácil como esperado

dólar teve a quarta semana consecutiva de queda, acumulando baixa de 5,12% nos últimos 30 dias. O real é a divisa que mais se valorizou ante a moeda americana neste começo de 2019, considerando um ranking de 143 países preparado pela Austin Rating. Nesta sexta-feira, 11, a moeda americana teve um dia de instabilidade, em dia de fraca liquidez, acompanhando o movimento do dólar no exterior, que subiu ante o euro e moedas de alguns emergentes, como o México e a Turquia, em meio a preocupações sobre o fechamento do governo americano, que já dura três semanas, a desaceleração da economia mundial e os rumos das conversas comerciais entre a Casa Branca e Pequim.

Pela manhã, o dólar chegou a superar os 3,72 reais, refletindo um fluxo de saída de recursos do país por conta de uma operação de uma grande empresa. O dólar à vista fechou o dia em alta de 0,16%, a 3,7135 reais.

Após a queda de 4% nas duas primeiras semanas de 2019, a dúvida é se o dólar tem fôlego para cair mais no Brasil nas próximas semanas. O estrategista para emergentes do banco de investimento americano Brown Brothers Harriman (BBH), Win Thin, avalia que melhora adicional do real será difícil até que ocorra “progresso concreto” nas reformas. Para o executivo, os investidores ficaram “otimistas demais” com o novo governo e o andamento das reformas não deve ser tão fácil como esperado. O banco alemão Commerzbank avalia que boa parte das perspectivas positivas com Bolsonaro já está nas cotações do câmbio e, portanto, só a implementação das medidas pode ajudar o dólar a cair mais.

No curto prazo, o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Junior, avalia que há espaço para o dólar subir “um pouco mais em meio ao movimento de correção técnica”. Para ele, caso a cotação fique entre 3,74/3,80 reais, pode ser um ponto que atraia vendedores da moeda, como importadores.

Na quarta-feira, Bolsonaro comemorou no Twitter o bom desempenho da Bolsa brasileira, que bateu recordes nesta semana. Ele atribuiu o desempenho ao otimismo com seu governo. “A Bolsa de valores atingiu mais uma máxima histórica. O cenário mundial somou-se ao otimismo no Brasil com o novo governo. Com saúde fiscal e liberdade econômica, vamos resgatar a confiança em nosso país!”

A avaliação dos especialistas em câmbio é que a dinâmica sobre a reforma da Previdência e o cenário internacional devem seguir ditando o comportamento do câmbio. Nesta sexta-feira, a novidade sobre a reforma foi a declaração do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de que na segunda-feira (14), o governo terá uma discussão preparatória sobre a reforma antes de apresentar a proposta para Bolsonaro, prevista também para a semana que vem.

Na avaliação do economista sênior para a América Latina da consultoria americana Continuum Economics, Pedro Tuesta, um dos riscos é que o governo, apesar do esforço do ministro da Economia, Paulo Guedes, só consiga aprovar uma versão desidratada das medidas para mudar a aposentadoria.

Fonte: veja.abril.com.br