BC: medidas para aumentar concorrência já ajudam a reduzir juros

Concorrência criada para diminuir os juros nos créditos

As medidas do Banco Central (BC) para aumentar a concorrência no mercado de crédito do Brasil já começaram a surtir efeito, disse o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Viana, na abertura do Seminário de Estabilidade Financeira e Economia Bancária do Banco Central , hoje (3) em São Paulo.

Viana citou medidas como o incentivo e a regulamentação de fintechs (empresas de inovação no setor financeiro), a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) para os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a flexibilização das aplicações dos recursos de poupança no crédito imobiliário, o incentivo ao uso do cartão de débito e portabilidade de conta salário.

“Essas iniciativas já começaram a contribuir para a queda das taxas de juros do crédito no Brasil de maneira sustentável, e é importante que perseveremos nessa agenda”, afirmou o diretor.

Segundo ele, durante o seminário serão discutidos temas para “atacar, de forma estrutural e sustentável, as causas que tornam alto o custo do crédito no Brasil”.

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Fonte: ibrafi.org.br

Crédito dá mostra de recuperação

As Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central indicam alguns aspectos favoráveis do crédito para famílias e para empresas.

Aumentaram, em agosto, tanto os saldos como as concessões de crédito, num sinal de que os agentes econômicos já começam a se preparar para a expansão sazonal da atividade que caracteriza os fins de ano. As Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central indicam alguns aspectos favoráveis do crédito para famílias e para empresas. A retomada do crédito já aparece na relação entre os empréstimos totais e o Produto Interno Bruto (PIB), que passou de 46,5% em julho para 46,7% em agosto. Em relação a agosto de 2017, ainda há queda de meio ponto porcentual.

Entre julho e agosto, os saldos totais de crédito aumentaram 1%, de R$ 3,123 trilhões para R$ 3,155 trilhões. Em relação a agosto de 2017, a alta foi de 3,4%, puxada pelas pessoas físicas. Mas, desde o segundo trimestre de 2018, também se registra uma elevação do estoque de crédito das empresas. Em parte, isso se deve à desvalorização do real.

Ainda mais expressiva foi a evolução das concessões de crédito, o que significa recursos novos ou renegociações de dívida. Entre julho e agosto, as concessões destinadas às pessoas jurídicas subiram 11,4%, atingindo 13,4% entre os primeiros oito meses de 2017 e de 2018 e 9,2% em 12 meses.

As concessões de crédito livre subiram 6,7% no mês, lideradas pelas pessoas jurídicas (+7,9%). As concessões de crédito direcionado subiram ainda mais (57,3% para empresas e 21,9% para famílias), mas a alta se deveu à base baixa de comparação.

Os juros médios estão caindo, embora em ritmo lento. No crédito livre, as taxas cobradas das empresas foram de 20,4% ao ano em agosto, queda de 0,2 ponto porcentual no mês e de 3,9 pontos em 12 meses. Para as famílias, houve queda de 10,2 pontos porcentuais em 12 meses, para 51,8% ao ano. Os spreads (diferença entre os juros ativos e os juros passivos) também apresentaram recuo, mas ainda atingem 42,2 pontos porcentuais nas operações com pessoas físicas.

Continua em alta a proporção entre o crédito livre e o crédito direcionado, mostrando crescente predomínio das operações de mercado. Isso pode significar menos gastos públicos com crédito favorecido.

Outro fato positivo é a diminuição dos índices de inadimplência, principalmente para pessoas jurídicas. Estas, aos poucos, parecem sair da crise. A retomada do crédito ajudará a aferir a velocidade da recuperação.

Fonte: ibrafi.org.br

 

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PRINCIPAIS VANTAGENS DO INVESTIMENTO EM FLATS E CONDO-HOTÉIS:

1- Segurança de um Investimento imobiliário
2- Liquidez de um investimento financeiro
3- Rendimentos líquidos mensais
4- Possibilidade de investimento com baixo valor investido
5- Não há riscos de inadimplência, em relação aos rendimentos, devido à gestão hoteleira (no pool) ou imobiliária (fora do pool)
6- Potencial de valorização do imóvel
7- Escritura pública (venda e compra)

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Caixa começa a cobrar juros menores para financiamento imobiliário

No último dia 14, o banco informou que reduziu em 0,75 ponto

Começam a valer nesta segunda-feira (24) as novas taxas de juros de financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal.

No último dia 14, o banco informou que reduziu em 0,75 ponto percentual as taxas de juros do crédito para compra de imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).

A redução vale para imóvel de até R$ 1,5 milhão. As taxas mínimas do SFI passam de 9,5% ao ano para 8,75% ao ano. E a taxa máxima cai de 11% para 10,25% ao ano.

A Caixa também informou também que, a partir de novembro, oferecerá um novo serviço de avaliações de imóveis, disponibilizando laudo diretamente para pessoas físicas e jurídicas.

Segundo o banco, o Caixa Avalia é uma plataforma que vai permitir a venda de avaliações pelo site com contratação 100% digital.

Reduções de juros

Em abril, a Caixa reduziu em até 1,25 ponto percentual as taxas de juros do crédito imobiliário para operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

O limite de cota de financiamento do imóvel usado subiu de 50% para 70%. A Caixa também retomou o financiamento de operações de interveniente quitante (imóveis com produção financiada por outros bancos) com cota de até 70%.

Em julho, o banco reduziu em média de 1 a 2 pontos percentuais ao ano as taxas do crédito imobiliário para pessoa jurídica.

Em agosto, promoveu uma redução de até 0,5 ponto percentual das taxas de juros do crédito imobiliário para operações com recursos do SBPE.

O limite de cota de financiamento de imóveis usados para pessoa física subiu de 70% para 80%.

A Caixa tem R$ 85 bilhões disponíveis para o crédito habitacional este ano. No primeiro semestre, foram contratados mais de R$ 40 bilhões.

O banco tem cerca de 70% das operações para aquisição da casa própria.

Operado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o SFH financia imóveis de até R$ 800 mil em todo o país, exceto para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o teto corresponde a R$ 950 mil.

Os imóveis residenciais acima dos limites do SFH são enquadrados no SFI, que financia imóveis com recursos de poupança.

Fonte: economia.uol.com.br

Poupança bate maioria dos fundos com Selic a 6,5%

A Anefac estima o rendimento mensal da poupança em 0,37% nesse cenário.

A estabilidade da taxa básica de juros mantém a poupança como um investimento mais atrativo que a maioria dos fundos de investimento de renda fixa, em especial aqueles com taxas de administração mais altas, de acordo com simulações feitas pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Nesta quarta (19), o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a Selic em 6,5% ao ano, em linha com a expectativa do mercado.

A Anefac estima o rendimento mensal da poupança em 0,37% nesse cenário.

Pelas contas da associação, fundos de investimentos tem um rendimento superior às contas da poupança quando suas taxas de administração são inferiores a 0,5% ao ano, independentemente do prazo de resgate.

Ganha também da poupança com taxas de 1%, exceto se o resgate for em até seis meses, caso em que as rentabilidades são equivalentes.

A poupança empata com fundos com taxa de administração de 1,5% se o resgate for feito entre um e dois anos, mas perde para resgates nessa situação acima de dois anos.

Fonte: ibrafi.org.br

Caixa reduz juros para compra de imóveis de até R$ 1,5 milhão para 8,75% ao ano

Segundo Souza, a redução antecipa as condições da Resolução nº 4.676/18 do Conselho Monetário Nacional(CMN), do final de julho.

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Nelson Antonio de Souza, disse nesta sexta-feira, 14, que o banco vai reduzir a partir do dia 24 de setembro a taxa para empréstimos para aquisição de imóveis de até R$ 1,5 milhão, enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). De acordo com ele, a taxa cobrada passará de 9,5% ao ano para 8,75% ao ano. O anúncio foi feito durante o Fórum Brasileiro das Incorporadoras realizado pela Abrainc em São Paulo.

Segundo Souza, a redução antecipa as condições da Resolução nº 4.676/18 do Conselho Monetário Nacional(CMN), do final de julho.

Em agosto, o banco reduziu a taxa de juros do crédito imobiliário em 0,5 ponto porcentual em operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Além disso, reduziu de 9% ao ano para 8,75% ao ano a taxa para imóveis no Sistema Financeiro de Habitação (SFH, para imóveis residenciais de até R$ 800 mil em todo o País, exceto Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o limite é de R$ 950 mil).

Ao final de sua fala, Souza convidou os bancos privados a seguirem a iniciativa da Caixa, tendo sentado ao seu lado o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior.

Caixa vai oferecer serviço de avaliação de imóveis – Nelson de Souza informou ainda que a partir de novembro o banco público vai oferecer serviço de avaliação de imóveis para clientes que não estejam necessariamente se comprometendo com um financiamento com a instituição, o que deve ser uma nova fonte de receita para o banco.

As tarifas do novo serviço, chamado de Caixa Avalia, partirão de R$ 1 mil e não têm um teto, dependendo da metragem e outras variantes relacionadas ao imóvel em questão. De acordo com Souza, a iniciativa atende a uma demanda dos clientes do banco. As avaliações poderão ser acessadas e contratadas na plataforma digital do banco.

Fonte: ibrafi.org.br

 

Financiamento imobiliário é flexibilizado

Além de reduzir os juros, o limite de cota de financiamento de imóveis usados sobe de 70% para 80%.

Em abril, o banco já tinha reduzido os juros do crédito imobiliário, após 17 meses com as taxas congeladas. Na ocasião, o banco também elevou o limite de financiamento de imóveis usados de 50% para 70%. Além de reduzir os juros, o limite de cota de financiamento de imóveis usados sobe de 70% para 80%.

A Caixa anunciou em agosto, redução no juro do crédito imobiliário e aumento da cota para financiamento de imóvel usado. Os juros caem até 0,5 ponto porcentual para operações com recursos da poupança. A taxa mínima vai de 9% ao ano para 8,75% para imóveis no Sistema Financeiro de Habitação (para imóveis residenciais de até R$ 800 mil em todo País, exceto Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, com limite é de R$ 950 mil). Para os imóveis residenciais acima dos limites do SFH, portanto enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), a taxa mínima caiu de 10% para 9,5% ao ano. Essa é a chamada taxa de balcão. Clientes e aqueles que recebem salário pelo banco podem conseguir taxas menores. Em abril, o banco já tinha reduzido os juros do crédito imobiliário, após 17 meses com as taxas congeladas. Na ocasião, o banco também elevou o limite de financiamento de imóveis usados de 50% para 70%. Além de reduzir os juros, o limite de cota de financiamento de imóveis usados sobe de 70% para 80%.

Fonte: ibrafi.org.br

 

INVESTIMENTO NO MERCADO IMOBILIÁRIO DE FLATS

INVESTIMENTO NO MERCADO IMOBILIÁRIO DE FLATS

INVESTIMENTO NO MERCADO IMOBILIÁRIO DE FLATS

Para fins de investimento, consideramos como FLAT, tudo e qualquer imóvel, que tenha uma administração hoteleira, possa ser adquirido através de escritura pública (venda e compra) e possa gerar RENDA.

I – PRINCIPAIS VANTAGENS DO INVESTIMENTO EM FLATS

  1. Segurança de um investimento imobiliário;
  2. Liquidez de um investimento financeiro a médio e curto prazo (30 à 90 dias);
  3. Proporciona rendimentos líquidos mensais de 0,5% a 1,0%;
  4. Possibilidade de investimento, a partir de R$ 100.000,00 a vista
  5. Não há riscos de inadimplência, em relação aos rendimentos, devidos à gestão hoteleira;
  6. Potencial de valorização do imóvel.

II – CARACTERÍSTICAS DA UNIDADE POOL*:

  1. Não existe a preocupação do proprietário em alugar o imóvel, pois dica sob a administração hoteleira, com rateio dos rendimentos;
  2. O proprietário não se preocupa com o pagamento do IPTU e condomínio, que são de responsabilidade do pool, pois a distribuição dos rendimentos é líquida;
  3. Redução dos rendimentos distribuídos na baixa temporada (em média 3 meses no ano) dependendo do empreendimento;
  4. Manutenção e atualização do imóvel, mobília, equipamentos e decoração por conta do Pool;
  5. Rendimento médio líquido mensal de 0,5% à 0,7%.

*Pool – Significa administração do apartamento pela hoteleira.

III – CARACTERÍSTICA DA UNIDADE FORA DO POOL*:

  1. O proprietário, (através de imobiliárias especializadas) é o responsável pela locação do imóvel, mediante Contrato de Hospedagem, que não está sujeito a Lei do Inquilinato;
  2. O pagamento do IPTU e do é de responsabilidade do proprietário;
  3. O pagamento do “aluguel” é adiantado e eventual hipótese de atraso, as chaves podem ser bloqueadas na recepção do hotel e as bagagens ficam retidas até o efetivo pagamento;
  4. Perfil dos clientes: hóspedes de alto nível (diretores, executivos, empresários, turistas, etc.);
  5. Manutenção e atualização do imóvel, mobília, equipamentos e decoração por conta do proprietário;
  6. Rendimento médio líquido de 0,5% a 1,0%.

*Fora do Pool – Significa administração do apartamento pelo proprietário ou moradia do mesmo.

Economia cresce 0,2% no 2º tri, mas greve e incertezas eleitorais pesam

As expectativas em pesquisa da Reuters com analistas eram de avanço de 0,1 por cento do PIB no segundo trimestre sobre o período anterior e de 1,1 por cento na comparação com um ano antes.

A economia do Brasil cresceu 0,2% no segundo trimestre ante os três meses anteriores, apontam dados divulgados hoje (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo a instituição, a greve dos caminhoneiros, que afetou bastante a hotelaria, pesou sobre a indústria e os investimentos. O IBGE destacou ainda a instabilidade da atividade econômica em meio às incertezas às vésperas da eleição presidencial de outubro.

Esse foi o ritmo mais forte desde o terceiro trimestre de 2017 (0,6%) e também mostrou aceleração em relação ao primeiro trimestre. Isso só ocorreu porque o IBGE revisou para baixo o dado do início do ano, que passou de elevação de 0,4% para 0,1% de janeiro a março. Na comparação com o segundo trimestre de 2017, a expansão foi de 1%, resultado mais baixo nessa base de comparação em um ano. “Não dá para falar em aceleração do PIB, mas numa estabilidade nos últimos três trimestres”, avalia Rebeca Palis, economista do IBGE.

Pesquisa feita pela agência de notícias Reuters com analistas de mercado apontavam avanço de 0,1% no segundo trimestre frente aos três meses anteriores. Já na comparação anual, a alta prevista era de 1,1%.

A atividade de serviços foi o destaque no segundo trimestre, com elevação de 0,3% sobre os três meses anteriores. Na outra ponta, a indústria registrou contração de 0,6%, num período abalado pela greve dos caminhoneiros, no final de maio. A agropecuária, por sua vez, mostrou estagnação.

“Os serviços são a atividade mais importante do PIB, e isso puxou para cima. Por outro lado, a indústria de transformação foi afetada pela greve de caminhoneiros. Os serviços mais que compensaram a queda da indústria, mas o comércio foi afetado pela greve também”, comenta Rebeca.

Economia: investimentos

O destaque negativo ficou para a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), indicador de investimentos, que despencou 1,8% no período. Com isso, interrompeu série de quatro trimestres seguidos de alta, mesmo tendo os juros em mínima histórica como pano de fundo, levantando um sinal de alerta. “Toda a incerteza política, eleitoral e econômica faz com que o investimento fique parado”, explica Claudia Dionísio, também economista do IBGE.

Já o consumo das famílias avançou 0,1% de abril a junho, enquanto o consumo do governo subiu 0,5% sobre o primeiro trimestre. A greve dos caminhoneiros prejudicou diretamente a atividade e abalou a confiança de empresariado e consumidores após as manifestações no final de maio fecharem estradas e prejudicarem o abastecimento de combustíveis, alimentos e outros insumos.

As manifestações foram um golpe para a recuperação econômica, que ainda luta para engrenar um ritmo sustentado em um ambiente de desemprego elevado e confiança abalada que contêm o consumo. A situação se agrava ainda mais agora com as incertezas relacionadas à eleição, que tendem a diminuir as perspectivas de planejamento ou investimento por parte das empresas.

“O resultado consolida a visão de que a recuperação foi perdendo força ao longo de 2018. À medida que o aperto das condições financeiras começou a afetar o terceiro trimestre, que existe uma condição externa mais desafiadora e há no mercado doméstico toda uma incerteza quanto ao avanço das reformas, isso afeta o câmbio, o preço dos ativos em bolsa e a curva de juros, com reflexo no crescimento da economia”, avalia Artur Passos, economista do Itaú.

O resultado do PIB corrobora a série de revisões que vêm sendo promovidas nas projeções de crescimento para 2018, inclusive dentro do governo. A pesquisa Focus mais recente realizada pelo Banco Central mostra expectativa de crescimento de 1,47%, quando antes dos protestos esse número era de 2,5%.

Fonte: br.reuters.com

O balanço de agosto e perspectivas para o mercado em setembro

Um ambiente de renovada instabilidade em que o comportamento de dólar e ações serve como termômetro de expectativas do investidor que passa a fazer vista grossa às ações e busca proteção no dólar.

Agosto assistiu ao recrudescimento de turbulências no mercado financeiro, alimentado por um cenário de tensão que combina incertezas internacionais com insegurança eleitoral, no âmbito doméstico. Um ambiente de renovada instabilidade em que o comportamento de dólar e ações serve como termômetro de expectativas do investidor que passa a fazer vista grossa às ações e busca proteção no dólar.

Estimulado pelo aumento de procura do investidor preocupado com a proteção do dinheiro, o dólar acumulou valorização de 8,49%, desempenho que garantiu à moeda americana a condição de aplicação mais rentável do mês. A Bolsa de Valores de São Paulo ocupou a rabeira do ranking de investimentos, com desvalorização de 3,21% em agosto.

Lá fora, além de novos episódios na guerra comercial entre EUA e China, a crise cambial na Turquia, em decorrência da escalada do endividamento do país, e também os tropeços da Argentina, que teve de elevar seus juros ao nível de 60% ao ano, o mais alto do planeta, ajudaram a alimentar a apreensão nos mercados.

Pressão política

Aqui, tanto a arrancada do dólar quanto a queda das ações foram influenciadas em boa medida pelo sentimento de dúvidas com o desfecho das eleições presidenciais. O mercado financeiro tem lá suas preferências e o tucano Geraldo Alckmin é considerado como mais amigável e afinado com as ideias econômicas dos investidores.

Causa preocupação ao mercado a sensação de que, pelos dados das primeiras pesquisas eleitorais, o candidato tucano não largou bem na corrida presidencial. Por enquanto, Alckmin ocupa o pelotão intermediário, tendo na ponta os candidatos que não atraem a simpatia dos investidores.

Perspectivas

Especialistas e analistas de investimento esperam que o ambiente de instabilidade ganhe força no mercado financeiro à medida que se aproximam as eleições presidenciais – o primeiro turno em 7 de outubro e o segundo no dia 28 de outubro. Um período de maior volatilidade em que o investidor precisa redobrar a cautela na tomada de decisões para não ter perda em suas aplicações.

A referência adotada pelo mercado para tentar traçar o cenário para as aplicações até as eleições é o desempenho de Geraldo Alckmin nas pesquisas eleitorais, que ganha maior interesse e relevância com o início da propaganda eleitoral no rádio e na televisão na sexta-feira.

A expectativa é que, com o maior tempo de aparição entre os candidatos na TV, o tucano suba na preferência dos eleitores e reforce as chances de vitória. Se confirmada essa previsão, a tendência é que a bolsa de valores dispare e o dólar recue.

Trégua curta

Só que essa eventual trégua e o bom humor dos investidores duraria pelo menos até que surjam novas incertezas, derivadas de questionamentos sobre a força do candidato vitorioso de propor e aprovar, no Congresso, as chamadas grandes reformas econômicas – como a da Previdência Social, principalmente.

É a perspectiva de levar adiante as reformas, para reequilibrar as contas públicas e engatar a retomada do crescimento econômico, que alinha a torcida do mercado para candidatura Alckmin, visto como político capaz de conduzir as importantes reformas de que o País precisa.

Em outra hipótese, um cenário em que o tucano não deslanche, mesmo com a propaganda eleitoral na televisão, e o favoritismo fique com os candidatos não alinhados com a agenda de ideias defendidas pelo mercado, a tendência seria de queda da bolsa e avanço do dólar.

Fica claro que, diante da total indefinição do cenário eleitoral no momento, uma decisão de investir em dólar ou em ações baseada em qualquer um desses cenários é uma aposta de altíssimo risco.

Riscos que se estendem também a outras opções de investimento, como os fundos imobiliários, usados para a diversificação de aplicações, que acenam como apelo uma retomada cíclica do mercado imobiliário, após a grave recessão que castigou o segmento entre 2014 e 2015. Uma provável vitória de um candidato não comprometido com as reformas poderia abortar o ainda tímido processo de recuperação do setor.

O cenário de incertezas eleitorais torna contraindicada também, de acordo com os especialistas, a aplicação em títulos públicos de longo prazo, como os ofertados a pessoas físicas para aplicação pela internet no Tesouro Direto. Alteração na trajetória do dólar, da inflação e dos juros, em relação a expectativas de momento, como desdobramento do resultado das eleições, pode redundar em prejuízo para essas aplicações.

Segurança e liquidez

Em momentos de incerteza, insistem especialistas, deve-se procurar mais a proteção do dinheiro contra as turbulências do que rentabilidade correndo riscos desnecessários em decisões precipitadas. Se for assim, o investidor não tem por que inventar.

As opções quem mais se encaixam à carteira de investidor conservador, porque combina remuneração pela taxa Selic e possibilidade de resgate a qualquer hora com rendimento, são os fundos DI e o Tesouro Selic, título público ofertado pelo Tesouro Direto.

Ranking de agosto

Confira o rendimento das aplicações em agosto de acordo com os cálculos do administrador de investimentos Fabio Colombo:

Aplicação                                                 Rendimento (%)

1º – Dólar                                                     8,49

2º – Euro                                                      7,72

3º – Ouro                                                     7,46

4º – IGP-M                                                   0,70

5º – Fundos DI                                            0,45 a 0,55

6º – Fundos de renda fixa                        0,40 a 0,50

7º – CDB                                                      0,40 a 0,50

8º – Títulos IPCA                                        0,30 a 0,40

9º – Caderneta                                           0,37

10º – Bolsa de valores                             -3,21

 

Fonte: economia.estadao.com.br