Mercado imobiliário deve crescer de 10% a 15% em 2019

Para Câmara Brasileira da Indústria da Construção, crescimento depende das reformas econômicas

São Paulo — As vendas e os lançamentos de imóveis residenciais no país devem crescer em torno de 10% a 15% em 2019, de acordo com estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A perspectiva é que o crescimento seja puxado pelo segmento de imóveis de médio e alto padrão, em que as moradias são financiadas por linhas bancárias que utilizam recursos da poupança.

Já os negócios envolvendo as unidades dentro do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), que contam com financiamento por meio de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), devem permanecer estáveis, considerando que o orçamento do fundo ficou estagnado do ano passado para cá.

“Quem vai puxar o crescimento é a habitação de mercado (médio e alto padrão)”, projetou o presidente da Comissão Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci, citando as limitações de recursos do FGTS.

Petrucci disse que os lançamentos e as vendas continuam saudáveis no segundo trimestre, a despeito do ritmo mais lento de recuperação da economia brasileira. Ele citou como exemplo que os lançamentos na cidade de São Paulo no mês de abril foram o dobro do registrado no mesmo mês do ano anterior. “É uma reação que, guardadas as proporções de cada mercado, acreditamos que também vem acontecendo em outros Estados”, observou.

Ele ponderou, entretanto, que a perspectiva de crescimento do mercado imobiliário leva em consideração a necessidade de encaminhamento das reformas estruturais do País, sendo a mais importante delas a reforma da Previdência. Caso haja deterioração da economia nacional e um noticiário negativo sobre a concretização da reforma, muitas pessoas podem adiar a decisão de compra de um imóvel, avaliou.

Guedes e Maia
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, disse não ver distanciamento entre Executivo e Congresso nas discussões em torno da reforma da Previdência, e destacou, nominalmente, a dedicação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para o encaminhamento do tema. “Se a reforma da Previdência acontecer, é porque houve dedicação de Guedes e Maia”, afirmou em coletiva de imprensa.

Martins também ressaltou que a aprovação da reforma é essencial para garantir maior confiança de agentes econômicos, retomada dos investimentos e um crescimento mais robusto da economia brasileira. “A reforma da Previdência é tão necessária que acreditamos que não há como não acontecer. O seu tamanho e o jeito é que ainda serão decididos”, afirmou, acrescentando que vê o Congresso “bastante motivado” para dar andamento às discussões.

Futuro do Minha Casa Minha Vida

Embora o governo federal tenha começado discussões sobre mudanças no Minha Casa Minha Vida sem a participação de empresários do setor, nada será feito de forma precipitada, garantiu o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, de acordo com informação compartilhada pelo presidente da CBIC.

Em entrevista à imprensa, Martins disse que cobrou Canuto sobre declarações públicas de membros do governo a respeito de alterações no programa habitacional sem que as associações do setor de construção tivessem sido consultadas anteriormente, o que pegou empresários e investidores de surpresa. “O ministro pediu para que não tirássemos conclusões precipitadas. Um programa de mais de 10 anos não se muda de forma açodada, e sem a participação do setor”, afirmou, repetindo mensagem que enviada por Canuto a ele via Whatsapp.

Conforme já informado pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), entre os itens em discussão no governo, está a ideia de doar terrenos públicos nas regiões metropolitanas para as construtoras e financiar as obras por meio de recursos do FGTS. A construtora ainda ficaria responsável por administrar o condomínio, depois de pronto, durante um período em torno de 20 a 30 anos. Por sua vez, o beneficiário pagaria um aluguel pelo uso da moradia, podendo converter os valores na propriedade do imóvel no fim desse período caso se mantenha adimplente.

Martins disse que as propostas devem ser complementares às faixas existentes, e não substitutivas. “As faixas 1,5, 2 e 3 estão consolidadas”, afirmou. Já a faixa 1 está travada devido à carência de recursos públicos para subsidiar os imóveis.

O presidente da CBIC ainda acrescentou que concorda que o programa busque soluções complementares para a moradia, além da aquisição de imóveis. Um exemplo seria a locação.”Temos que ir efetivamente para aquilo que era a forma original do MCMV, a moradia. Há várias formas para isso. Precisamos agregar uma série de outros produtos para que seja um programa social de moradia”, defendeu.

No dia 4 de junho, uma comissão da CBIC vai se reunir com membros do Ministério do Desenvolvimento Regional para discutir potenciais mudanças no MCMV.

Fonte: exame.abril.com.br

Venda de imóveis crescem quase 10% no país no primeiro trimestre do ano

O mercado imobiliário está crescendo neste ano, segundo dados da pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com 23 capitais e regiões metropolitanas de todo o país. No primeiro trimestre deste ano, houve um aumento de 9,7% na venda de imóveis e de 4,2% no número de lançamentos no Brasil.

Já a oferta final, ou do estoque de imóveis novos, teve queda de 8,6% no período. O que mostra que apesar do aumento no número de lançamentos, não é maior que o número de vendas.

O Rio de Janeiro também acompanhou o crescimento no país.  Foram lançadas 2090 unidades no primeiro trimestre de 2019, contra 1480 no mesmo período de 2018 — um crescimento de 41%. O número de unidades vendidas aumentou ainda mais, crescendo 48% no período, totalizando 4070 unidades vendidas no primeiros trimestre de 2019.

— Estamos vendo a retomada acontecendo, mesmo que aos poucos.
A região Sudeste puxou o crescimento do país e teve um crescimento expressivo em relação ao ano passado. O Rio de Janeiro parece ter atingindo o seu pior momento em 2017, pois tem melhorado aos poucos desde então — afirmou José Carlos Martins, presidente da CBIC. Outros dados também apontam o crescimento do setor na região.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), houve um crescimento de 36,4% de unidades financiadas neste primeiro trimestre no Rio de Janeiro em relação ao mesmo período do ano anterior. E segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED), houve uma contração líquida de 2904 empregos na construção civil no Rio de Janeiro de janeiro a abril deste ano, enquanto no mesmo período do ano anterior houve saldo negativo de 3775.

No entanto, o crescimento, por enquanto, tem se concentrado no setor de baixa renda, com imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida.

— O setor como um todo não está bem no Rio de Janeiro, está estagnado. Mas o setor de baixa renda tem crescido e estão previstos lançamentos na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro e em São Gonçalo — afirmou Roberto Lira, Consultor Técnico da Sinduscon-Rio., sindicato da indústria da construção civil do Rio de Janeiro.

Fonte: ibrafi.org.br

 

Dólar muda de rumo e passa a cair nesta quinta-feira

No pregão anterior, moeda dos EUA caiu 0,18% e fechou a R$ 4,0404.

O dólar mudou de rumo e passou a cair nesta quinta-feira (23), de olho no exterior, onde há cautela por preocupações renovadas quanto à disputa comercial entre Estados Unidos e China, e tendo o cenário doméstico e a pauta de votações no Congresso como pano de fundo.

Às 12h46, a moeda norte-americana recuava 0,10%, negociado a R$ 4,0364.

No pregão anterior, o dólar caiu 0,18%, vendido a R$ 4,0404, acumulando queda de 1,43% na parcial da semana. No mês, ainda tem alta de 3,04%.

O BC realiza neste pregão leilão de até 5,05 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho, no total de US$ 10,089 bilhões.

Cenário local e externo

Na quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou o texto principal da Medida Provisória 870, que modifica a estrutura do governo federal e reduz o número de ministérios, mas o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), encerrou a sessão sem concluir a votação após um acirramento das tensões. A expectativa de Maia é de que a votação seja concluída nesta quinta-feira, com a análise dos destaques.

Enquanto a votação de importantes matérias econômicas por parlamentares reforça a leitura de agentes financeiros de que o Congresso está comprometido em avançar a agenda econômica, tal movimento já vinha sendo precificado, destaca a Reuters.

“Mercado já precificou antecipadamente esse empenho do governo em destravar as pautas das MPs para conseguir votar a 870, então hoje estamos acompanhando bem o externo e o movimento das emergentes”, explicou Camila Abdelmalack, economista da CM Capital Markets.

Com isso, o real passa a olhar mais para o exterior, operando em linha com outras moedas emergentes, que são pressionadas por temores renovados quanto à disputa entre Estados Unidos e China. O Ministério do Comércio chinês disse que, se os EUA quiserem continuar com as negociações, precisam “corrigir suas ações erradas”.

Fonte: g1.globo.com

Bolsa bateu recorde e depois virou. Ainda vale entrar?

Depois de bater recorde, passar dos 99 mil pontos e quase fechar na marca histórica de 100 mil pontos há dois meses, o Ibovespa entrou em trajetória de queda nas últimas semanas e atingiu o menor nível do ano na sexta-feira (17), fechando abaixo dos 90 mil pontos. Ontem recuperou-se parcialmente, com alta de 2,17%. Será que ainda vale a pena entrar na Bolsa de Valores? Ou é melhor esperar?

Por trás de todo o nervosismo no mercado financeiro, estão a confusão política, as incertezas sobre a aprovação da reforma da Previdência, os sinais de crescimento mais fraco da economia neste ano e a guerra comercial entre China e Estados Unidos. Embora a intensa instabilidade assuste os investidores menos experientes, analistas afirmam que é um bom momento para comprar ações, desde que o prazo do investimento seja superior a dois anos.

“A Bolsa está barata. As quedas representam oportunidades de entrada para o investidor que tem apetite por ativos de risco e foco no longo prazo”, disse Bruno Muniz, assessor de investimentos da Ativa.

“No curto prazo, teremos muita volatilidade por causa das negociações políticas para a aprovação da reforma da Previdência. Mas é importante lembrar que o mercado antecipa os movimentos. Portanto, deveremos ver uma recuperação das ações tão logo o cenário de aprovação da reforma fique mais claro. É um bom momento para comprar ações com desconto”, afirmou Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.

Política não deve afastar investidor

Embora as discussões políticas causem mal-estar entre os investidores e façam as ações sofrerem oscilações bruscas em alguns momentos, os especialistas consideram que a aprovação da reforma é apenas uma questão de tempo. “Se os grandes investidores estrangeiros se preocupassem sempre com o fator político, ninguém investiria no Brasil”, afirmou Muniz.

Alta da Bolsa deverá ser menor neste ano.

O desempenho da Bolsa em 2019 ainda será positivo, mas a alta não será tão expressiva como alguns analistas previam. Segundo Galdi, o otimismo observado no começo do ano foi exagerado.

“A aprovação da reforma não será tão rápida como se imaginava. Mas, se ela sair até agosto como estão prevendo agora, ainda teremos quatro meses positivos. O Ibovespa não vai bater nos 120 mil, 130 mil pontos, mas certamente deverá passar dos 100 mil.”.

Empresas estão preparadas para economia fraca

Embora as projeções para crescimento da economia brasileira tenham sofrido forte redução nas últimas semanas, Galdi acredita que a maioria das companhias listadas em Bolsa apresentará resultados satisfatórios nos próximos meses.

“É claro que uma fabricante de máquinas industriais vai sentir a economia mais fraca, já que ninguém está comprando. Mas, de maneira geral, as empresas fizeram ajustes nos últimos anos, enxugaram suas estruturas e se adaptaram a uma realidade de crescimento de PIB [Produto Interno Bruto] da ordem de 1% ao ano.”

Fonte: economia.uol.com.br

BC quer facilitar acesso a mercado financeiro, diz Campos Neto

A democratização financeira tem, até o momento, foco na garantia de acesso a serviços de pagamento e ao mercado de crédito. O Banco Central (BC) quer agora facilitar o acesso ao mercado a investidores e tomadores, nacionais e estrangeiros, grandes e pequenos. A avaliação é do presidente do BC, Roberto
Campos Neto, na abertura de workshop sobre o open banking, em Brasília, evento fechado à imprensa. O open banking é o compartilhamento de dados, produtos e serviços por meio da abertura e da integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia de instituições financeiras. Segundo discurso publicado no site do BC, Campos Neto defende, além da ampliação do acesso ao mercado, aumento da competitividade do setor, da transparência e da educação financeira.

“Dentro dessas novas dimensões, estão sendo criados 14 grupos de trabalhos para avaliar mais detidamente cada ponto, sendo que open banking é um importante aspecto da dimensão de competitividade”, disse.

No final de abril, o BC deu início ao processo de implementação do open banking, com a publicação do Comunicado 33.455, que estabelece as diretrizes que orientarão a proposta de regulamentação do modelo a
ser adotado no Brasil.

Segundo o BC, por meio do open banking, clientes bancários poderão, por exemplo, visualizar em um único aplicativo o extrato consolidado de todas as suas contas bancárias e investimentos. Também será possível, por este mesmo aplicativo, fazer uma transferência de recursos ou um pagamento, sem a necessidade de acessar diretamente o site ou aplicativo do banco.

Fonte: economia.uol.com.br

Volume de compradores de imóveis atinge maior nível desde 2014

O volume de brasileiros que compraram um imóvel ao saltar de 10% para 14% nos primeiros três meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira (14), pelo índice
FipeZap.

Para chegar ao resultado, o levantamento perguntou a 4.484
usuários do portal ZAP se eles tinham comprado um imóvel ao longo
dos últimos 12 meses. Entre os compradores, 63% afirma que vai
morar no local e os 37% restantes aposta no imóvel como forma de
investimento.

Dos que se declararam compradores, 66% disseram ter adquirido
imóveis usados. O resultado é o mesmo registrado no último
trimestre do ano passado e segue como o maior para esse tipo de
análise desde a primeira divulgação do índice.

O estudo também apurou que apenas 29% dos brasileiros manifestaram
interesse em comprar um imóvel entre maio e junho. O resultado é 8
pontos percentuais inferior ao registrado no mesmo período do ano
passado.

Entre os potenciais compradores, 41% demonstra interesse pelos
imóveis usados e apenas 12% é favorável à aquisição de uma
residência nova. Para 47%, a condição do imóvel é indiferente.

Preços – O maior volume de compradores dos últimos cinco anos pode
ser justificado pela queda na percepção de que os preços dos
imóveis estão em níveis altos ou muito altos.

No primeiro trimestre deste ano, os respondentes se distribuíram
entre os que achavam que os preços atuais estão altos ou muito
altos (56%), em nível razoável (28%) e baixos ou muito baixos
(14%).

No mesmo período do ano passado, apenas 17% avaliavam que os
preços estavam baixos ou muito baixos e 45% classificaram os
valores como altos ou muito altos.

Questionados sobre a expectativa para os próximos 12 meses, 43%
apostam na estabilidade dos preços, enquanto 28% observam os
imóveis mais caros. Outros 14% disseram esperar que os preços
caiam.

Fonte: ibrafi.org.br

Venda de imóvel residencial de luxo dispara em SP com juro baixo

Demorou menos de um mês para que o prédio de apartamentos de luxo
com a marca Fasano em São Paulo vendesse mais da metade de suas
unidades no fim de março, começo de abril, apesar de sua
construção estar prevista para terminar em 2022.

O mercado de imóveis residenciais de luxo na maior cidade do
Brasil está crescendo com a demanda de brasileiros ricos, cansados
de receber taxas de juros em recorde de baixa em investimentos.
Longe vão os dias de rendimentos de dois dígitos em títulos do
Tesouro, e muitos investidores tentam aproveitar os preços em alta
no mercado imobiliário de alto padrão.

“Este é, com certeza, o melhor ano desde 2014”, disse Amir
Makansi, presidente e sócio da Anglo Americana Consultoria de
Imóveis SA.

Apartamentos na Vila Nova Conceição, o bairro mais caro do Brasil,
estão sendo vendidos por até R$ 13,5 milhões, segundo Makansi. Os
preços saltaram de cerca de R$ 25 mil por metro quadrado há cinco
anos para até R$ 35 mil hoje.

A Even Construtora e Incorporadora SA está construindo a primeira
torre residencial com a marca Fasano, um nome que é sinônimo de
luxo nos mercados de hotéis e restaurantes. Ao longo de apenas um
mês, a empresa vendeu mais da metade dos 70 apartamentos do
prédio, a um preço médio de R$ 10 milhões cada.

Expectativas de crescimento – “O mercado imobiliário residencial
está se recuperando devido ao efeito das baixas taxas de juros,
mas também há mais confiança com as expectativas de que a economia
brasileira terá um desempenho melhor”, disse Thiago Alonso de
Oliveira, presidente da JHSF Participações, uma empresa de
empreendimentos imobiliários que detém a marca Fasano. O setor de
armazéns pode ser o próximo a ganhar força com o crescimento
econômico, disse Oliveira.

Espera-se que o Produto Interno Bruto do Brasil cresça 2% este
ano, acima dos 1,1% em 2018 e 2017, segundo dados compilados pela
Bloomberg. Mas o otimismo em relação à economia tem diminuído nos
últimos meses, com os dados do PIB vindo abaixo das previsões
iniciais em sete dos últimos oito anos e alimentando a preocupação
de que a recuperação no setor imobiliário de luxo possa ter vida
curta.

As vendas de residências novas em São Paulo aumentaram 39% nos 12
meses até fevereiro, para R$ 932,5 milhões, segundo o Secovi-SP,
sindicato da construção. O número de unidades vendidas saltou 50%,
para 2.176. Entre todos os novos apartamentos com três ou quatro
quartos oferecidos no período, 45% foram vendidos.

Já o setor imobiliário comercial está sofrendo por causa da
economia fraca. Os preços nesse mercado em São Paulo caíram 2,5%
nos 12 meses até março, segundo o índice FipeZap.

Entre os principais compradores de imóveis de alto padrão estão
empresários, executivos de banco e gestores de fundos
multimercado, que tiveram um bom ano em 2018 e receberam bônus
polpudos, disse Makansi.

Novas regras de zoneamento em São Paulo, que liberaram edifícios
mais altos próximos às vias de transporte público, permitiram à
Even a construção de torres de 40 andares com duas coberturas e
apenas dois apartamentos por andar. A maioria dos apartamentos
será de 290 metros quadrados, e as duas unidades de cobertura
terão 500 metros quadrados.

A construção do prédio, que fará parte de um complexo que também
inclui um hotel Fasano, ainda não começou.

“Não foi fácil encontrar terrenos para construção em um bairro tão
refinado como o Itaim – tivemos que comprar 25 casas”, disse
Mastrorosa, acrescentando que o complexo tem espaço para três
restaurantes, uma piscina e um bar.

Fonte: ibrafi.org.br

Governo planeja lançar nova modalidade de hipoteca e outras medidas para incentivar economia

Após lançar a chamada Medida Provisória da Liberdade Econômica, que visa à facilitar o empreendedorismo no país, o governo prepara um pacote de até 50 ações para destravar o ambiente de negócios e estimular a economia. Uma das medidas em estudo é a criação da chamada hipoteca reversa. O sistema funcionaria como uma espécie de aluguel ao contrário, em que o proprietário recebe uma determinada quantia mensal do banco e continua a morar no imóvel.

Ao fim do contrato, a instituição fica com o bem e pode negociá-lo no mercado. O instrumento já existe em países desenvolvidos e pode interessar idosos que precisam complementar a renda, por exemplo. O pacote, que deve ser anunciado nos próximos meses, traz ainda decretos e projetos de lei que vão mexer em regulamentações de segmentos como o de crédito, micro e pequenas empresas e produtores rurais.

Fonte: ibrafi.org.br

Otimismo com imóveis atinge recorde, mas preço ainda deve demorar a subir

Confiança de comprador cresce com esperança de melhora na economia; para especialistas, ganho real só vem após 2020

Herança de um passado de hiperinflação, a confiança dos brasileiros na compra de imóveis como fonte de renda continua firme, mesmo diante da multiplicação de produtos financeiros disponíveis. Ainda que os preços no País tenham caído 0,2% em 2018, o investimento no setor suscitou forte otimismo: 60% dos que compraram imóvel no ano passado acreditam que o preço vai subir em 2019. É o maior nível registrado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que faz o levantamento desde 2014.

Em média, os investidores consultados acreditam que a valorização será de 6,1%. Apenas 4% pensam que o preço deverá cair. Os participantes responderam à pesquisa entre 23 de janeiro e 11 de fevereiro. A parcela de otimistas era de 39% e a expectativa de alta, de 1,9% em 2015, quando se começou a reverter o forte movimento de alta provocado pela combinação de aumento de renda, baixo desemprego e melhores condições de crédito. Os preços subiram 1% naquele ano, mas o custo de oportunidade foi alto – a poupança, por exemplo, rendeu 7,3% em 2015.

Para especialistas, é pouco provável que a visão desses investidores se torne realidade. Eles ponderam que outros investimentos podem ter balanço de risco e retorno mais atrativos. A esperança de que a economia do País volte a crescer com mais vigor está por trás da animação no setor, explica Bruno Oliva, economista da Fipe.

Segundo ele, leitura parecida impulsiona a oferta, levando as incorporadoras a “voltarem a níveis elevados de lançamentos”. Pesquisa do Secovi-SP, entidade que representa empresas do setor, mostra que, nos 12 meses até fevereiro, foram lançados 32,8 mil imóveis na capital paulista, nível parecido com o período anterior à recessão, em 2015.

Com base nos preços de aluguéis, que antecipam tendências na compra e venda, Oliva prevê que a valorização real (acima da inflação) dos imóveis deve se concretizar apenas a partir de 2020. “Há muitas incertezas no cenário político. Os preços de venda ainda estão andando de lado, acho muito improvável ter ganho real em 2019”, avalia.

Estoque. Para o coordenador do laboratório de finanças do Insper, Michael Viriato, um empecilho para a alta dos preços é o excesso de imóveis no mercado. “A alta nos preços virá depois que se eliminar o estoque de imóveis não vendidos ou recuperados pelas instituições”, afirma.

Segundo o Secovi-SP, o estoque de imóveis prontos na cidade de São Paulo fechou 2018 em 1.671 unidades – 8% do total disponível para venda. O enxugamento desse mercado não deverá ser simples. Segundo a velocidade de venda captada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em janeiro, as ofertas de imóveis duram mais de 16 meses antes de fechar negócio.

Mas Viriato alerta que, assim como acontece no mercado de ações, quem investe em imóveis pode dar menos atenção aos riscos à medida que o País engate trajetória de crescimento. “É provável que em algum momento o imóvel comprado fique desocupado, gerando apenas custos com IPTU, condomínio, manutenção”, destaca.

Para ele, como investimento, a compra de imóveis é menos recomendável do que a aplicação em fundos imobiliários (leia mais na pág. B17). Viriato aconselha a aquisição apenas com o objetivo de residência. E, mesmo nesse caso, é preciso calcular se o aluguel não é melhor opção.

Regulação. Entre os fatores que podem levar o setor a deslanchar mais à frente estão mudanças regulatórias. Mirella Parpinelli, diretora da rede de imobiliárias Lopes, cita a elevação do teto para financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por meio do Sistema Financeiro de Habitação para R$ 1,5 milhão, que entrou em vigor em outubro.

Ela lembra ainda do Plano Diretor na cidade de São Paulo, que incentivou lançamentos próximos a eixos de transporte. “O emprego ainda precisa voltar, mas estamos vendo um ânimo no mercado.”

Para a professora Márcia Silva, de Hortolândia (SP), a proximidade do metrô pesou na hora de escolher um apartamento para investir na capital. A locação do apartamento rende R$ 3 mil ao mês, o que deu ânimo para ela repetir a dose. “É uma tradição de família, meus pais sempre investiram em propriedade.”

O otimismo do médico Thiago Fraga, que comprou um imóvel na região do Ibirapuera, vem da aposta na saturação do mercado paulistano. “Acho que a tendência é de valorização, daqui a pouco a cidade não tem espaço para construir”, diz. “É um investimento seguro, mesmo que desvalorize, não vou perder tanto.”

Fonte: economia.estadao.com.br

Crédito tem expansão modesta e custo em alta

O crédito teve crescimento modesto no mês passado, em meio
a um ambiente de custos em alta. As concessões de novos
financiamentos perderam fôlego e subiram 0,6% no dado com
ajuste sazonal entre fevereiro e março, ante 1,1% entre
fevereiro e janeiro. No trimestre, esse indicador teve
expansão de 2%, enquanto o saldo de crédito subiu apenas
0,3% no período – nesse caso, o dado não tem ajuste
sazonal.

Alguns analistas enxergaram um movimento de aperto nas
condições de crédito, em especial para as empresas, a
despeito da expectativa de que nos próximos meses isso
possa melhorar.

O movimento das taxas de juros e dos spreads bancários não
favoreceram o ambiente para tomada de financiamentos. No
conjunto das operações, o custo médio subiu 0,3 ponto
porcentual em março, ante fevereiro, para 25,3% ao ano. No
trimestre, a alta foi de 2,1 pontos percentuais A diferença
entre captação e repasse do dinheiro pelos bancos teve alta
de 2,2 pontos percentuais no trimestre e de 0,2 ponto
percentual entre março e fevereiro.

A alta dos juros dos financiamentos contrasta com a
situação de estabilidade da taxa de juros básica da
economia no menor patamar da história, desde o começo do
ano passado.

O chefe adjunto do departamento de estatísticas do Banco
Central, Renato Baldini, reconheceu em entrevista que não
há nenhum fator macroeconômico que explique a alta das
taxas de juros do crédito. “Macroeconomicamente, o cenário
é de estabilidade de taxas de juros em níveis mais baixos”,
disse.

A alta das taxas ocorreu de forma generalizada, atingindo a
contabilidade tanto de operações não rotativas como na que
inclui esse tipo de modalidade (como cheque especial e
cartão de crédito). O custo do crédito não rotativo subiu
2,2 pontos percentuais no primeiro trimestre. Incluindo o
rotativo, em que houve altas mais pronunciadas de taxas, o
aumento foi de 3,4 pontos percentuais.

“O que se tem observado é aumento de taxas de juros”,
reconheceu, destacando que no caso das operações rotativas
não há evidência de algum efeito “composição”, no qual
grandes movimentos com alguma instituição específica, às
vezes, distorcem a estatística.

Ele avalia que o efeito composição pode ter ocorrido no
caso das operações não rotativas, por conta de um movimento
no crédito pessoal não consignado, que no trimestre teve
alta de 16,4 pontos percentuais, mas porque teve uma base
anormalmente baixa em dezembro do ano passado. Como os
volumes nessa modalidade são altos, podem ter afetado em
parte a estatística.

Ele também ponderou que o movimento de alta de taxas de
juros não ocorreu em todos os bancos, concentrando-se em
algumas instituições.

“O crescimento do crédito continua impulsionado pelo
crédito livre, que aumentou 1,4% em março, mais
significativo do que meses anteriores”, disse, explicando
que existe uma sazonalidade em março, período no qual as
empresas voltam a procurar recursos no mercado. Ele
ressaltou que em 12 meses o crédito livre está com
crescimento de 11,5%.

Apesar disso, vale lembrar que esse ritmo de alta é menor
do que os juros básicos do período e que, em relação ao
tamanho da economia, o estoque de financiamentos ficou em
47,1%, mesma proporção verificada em janeiro e fevereiro e
apenas 0,4 ponto percentual acima dos 46,7% do PIB
verificados em março de 2018.

Fonte: ibrafi.org.br