As diferenças dos sistemas de financiamento imobiliário no Brasil

os recursos do FGTS podem ser utilizados para: pagamento total ou parcial do valor de aquisição do imóvel construído ou em construção; pagamento parcial das prestações do financiamento; ou amortização ou liquidação do saldo devedor do financiamento.

O financiamento é um dos principais canais para o brasileiro conseguir o sonho de comprar sua casa própria. Atualmente, existem dois sistemas de financiamento imobiliário no Brasil: o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). Ambos possuem regras específicas e critérios de concessão distintos.

Para ilustrar uma das principais diferenças, vale citar uma decisão recente, do último dia 31 de agosto, na qual a Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 5.ª Região (TRF-5) reformou sentença do Juízo da 6.ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco para impedir a liberação de valores depositados em conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Esses recursos seriam utilizados para a amortização de saldo devedor de financiamento contratado pelo SFI na aquisição de apartamento avaliado, à época, em R$ 1,280 milhão.

Para tanto, como já havia se pronunciado em novembro de 2016, a Segunda Turma do TRF5 fundamentou que a utilização da conta do FGTS para a aquisição de imóveis somente é possível para financiamentos contratados pelo SFH.

O SFH é o mais conhecido, regulado pela Lei nº 4.380, de 21 de agosto de 1964, e que se destina a facilitar e a promover a construção e a aquisição da casa própria ou moradia, especialmente pelas classes de menor renda da população. Além das entidades previstas no art. 8.º da lei, integram o SFH na qualidade de agentes financeiros as demais instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e as entidades fechadas de previdência complementar.

Já o SFI é regulado pela Lei n.º 9.514, de 20 de novembro de 1997, e tem por finalidade promover o financiamento imobiliário em geral, segundo condições compatíveis com os fundos respectivos. Além das entidades previstas no art. 2.º da lei, podem operar no SFI as demais instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Como decidido pela Segunda Turma do TRF-5 – e esta talvez seja a principal diferença entre referidos sistemas -, as operações no âmbito do SFH permitem a utilização de valores depositados em conta do FGTS na compra de um imóvel, o que não acontece nas contratações pelo SFI.

Naquelas operações, os recursos do FGTS podem ser utilizados para: pagamento total ou parcial do valor de aquisição do imóvel construído ou em construção; pagamento parcial das prestações do financiamento; ou amortização ou liquidação do saldo devedor do financiamento.

Outra diferença relevante é que as operações no âmbito do SFH estão limitadas a juros de 12% ao ano para o custo efetivo máximo ao mutuário, que compreende juros, comissões e outros encargos financeiros. Essa limitação não existe nas contratações pela SFI, nas quais as taxas de juros são livremente pactuadas entre as partes.

Essa maior liberdade nas operações realizadas no âmbito do SFI também se reflete na ausência de um limite máximo do valor de avaliação do imóvel financiado, diferente do que se verifica no âmbito do SFH, que o restringe hoje em dia a R$ 950 mil em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasília e a R$ 800 mil para os demais Estados do País.

Essa condição específica das operações do SFH, porém, sofrerá alteração a partir 1.º de janeiro de 2019, quando entrará em vigor a Resolução nº 4.676, de 31 de julho de 2018, do Banco Central do Brasil, que a padronizou para todos os estados da federação ao limite máximo de R$ 1,5 milhão.

A alteração em particular tem sido bem vista pelo mercado imobiliário. Por um lado, porque se entende que o consumidor – sobretudo da classe média – terá mais poder de compra ao poder financiar imóveis de valores mais elevados e, nessa medida, deverá haver um aumento da demanda. E, por outro, esse aumento de demanda exigirá das construtoras e incorporadoras novas ofertas de negócios, promovendo incrementos diretos e indiretos na economia, notadamente na geração de empregos.

Fonte: ibrafi.org.br

Crédito dá mostra de recuperação

As Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central indicam alguns aspectos favoráveis do crédito para famílias e para empresas.

Aumentaram, em agosto, tanto os saldos como as concessões de crédito, num sinal de que os agentes econômicos já começam a se preparar para a expansão sazonal da atividade que caracteriza os fins de ano. As Estatísticas Monetárias e de Crédito do Banco Central indicam alguns aspectos favoráveis do crédito para famílias e para empresas. A retomada do crédito já aparece na relação entre os empréstimos totais e o Produto Interno Bruto (PIB), que passou de 46,5% em julho para 46,7% em agosto. Em relação a agosto de 2017, ainda há queda de meio ponto porcentual.

Entre julho e agosto, os saldos totais de crédito aumentaram 1%, de R$ 3,123 trilhões para R$ 3,155 trilhões. Em relação a agosto de 2017, a alta foi de 3,4%, puxada pelas pessoas físicas. Mas, desde o segundo trimestre de 2018, também se registra uma elevação do estoque de crédito das empresas. Em parte, isso se deve à desvalorização do real.

Ainda mais expressiva foi a evolução das concessões de crédito, o que significa recursos novos ou renegociações de dívida. Entre julho e agosto, as concessões destinadas às pessoas jurídicas subiram 11,4%, atingindo 13,4% entre os primeiros oito meses de 2017 e de 2018 e 9,2% em 12 meses.

As concessões de crédito livre subiram 6,7% no mês, lideradas pelas pessoas jurídicas (+7,9%). As concessões de crédito direcionado subiram ainda mais (57,3% para empresas e 21,9% para famílias), mas a alta se deveu à base baixa de comparação.

Os juros médios estão caindo, embora em ritmo lento. No crédito livre, as taxas cobradas das empresas foram de 20,4% ao ano em agosto, queda de 0,2 ponto porcentual no mês e de 3,9 pontos em 12 meses. Para as famílias, houve queda de 10,2 pontos porcentuais em 12 meses, para 51,8% ao ano. Os spreads (diferença entre os juros ativos e os juros passivos) também apresentaram recuo, mas ainda atingem 42,2 pontos porcentuais nas operações com pessoas físicas.

Continua em alta a proporção entre o crédito livre e o crédito direcionado, mostrando crescente predomínio das operações de mercado. Isso pode significar menos gastos públicos com crédito favorecido.

Outro fato positivo é a diminuição dos índices de inadimplência, principalmente para pessoas jurídicas. Estas, aos poucos, parecem sair da crise. A retomada do crédito ajudará a aferir a velocidade da recuperação.

Fonte: ibrafi.org.br

 

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Caixa começa a cobrar juros menores para financiamento imobiliário

No último dia 14, o banco informou que reduziu em 0,75 ponto

Começam a valer nesta segunda-feira (24) as novas taxas de juros de financiamento imobiliário da Caixa Econômica Federal.

No último dia 14, o banco informou que reduziu em 0,75 ponto percentual as taxas de juros do crédito para compra de imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI).

A redução vale para imóvel de até R$ 1,5 milhão. As taxas mínimas do SFI passam de 9,5% ao ano para 8,75% ao ano. E a taxa máxima cai de 11% para 10,25% ao ano.

A Caixa também informou também que, a partir de novembro, oferecerá um novo serviço de avaliações de imóveis, disponibilizando laudo diretamente para pessoas físicas e jurídicas.

Segundo o banco, o Caixa Avalia é uma plataforma que vai permitir a venda de avaliações pelo site com contratação 100% digital.

Reduções de juros

Em abril, a Caixa reduziu em até 1,25 ponto percentual as taxas de juros do crédito imobiliário para operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

O limite de cota de financiamento do imóvel usado subiu de 50% para 70%. A Caixa também retomou o financiamento de operações de interveniente quitante (imóveis com produção financiada por outros bancos) com cota de até 70%.

Em julho, o banco reduziu em média de 1 a 2 pontos percentuais ao ano as taxas do crédito imobiliário para pessoa jurídica.

Em agosto, promoveu uma redução de até 0,5 ponto percentual das taxas de juros do crédito imobiliário para operações com recursos do SBPE.

O limite de cota de financiamento de imóveis usados para pessoa física subiu de 70% para 80%.

A Caixa tem R$ 85 bilhões disponíveis para o crédito habitacional este ano. No primeiro semestre, foram contratados mais de R$ 40 bilhões.

O banco tem cerca de 70% das operações para aquisição da casa própria.

Operado com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o SFH financia imóveis de até R$ 800 mil em todo o país, exceto para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o teto corresponde a R$ 950 mil.

Os imóveis residenciais acima dos limites do SFH são enquadrados no SFI, que financia imóveis com recursos de poupança.

Fonte: economia.uol.com.br

Poupança bate maioria dos fundos com Selic a 6,5%

A Anefac estima o rendimento mensal da poupança em 0,37% nesse cenário.

A estabilidade da taxa básica de juros mantém a poupança como um investimento mais atrativo que a maioria dos fundos de investimento de renda fixa, em especial aqueles com taxas de administração mais altas, de acordo com simulações feitas pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Nesta quarta (19), o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a Selic em 6,5% ao ano, em linha com a expectativa do mercado.

A Anefac estima o rendimento mensal da poupança em 0,37% nesse cenário.

Pelas contas da associação, fundos de investimentos tem um rendimento superior às contas da poupança quando suas taxas de administração são inferiores a 0,5% ao ano, independentemente do prazo de resgate.

Ganha também da poupança com taxas de 1%, exceto se o resgate for em até seis meses, caso em que as rentabilidades são equivalentes.

A poupança empata com fundos com taxa de administração de 1,5% se o resgate for feito entre um e dois anos, mas perde para resgates nessa situação acima de dois anos.

Fonte: ibrafi.org.br

Caixa reduz juros para compra de imóveis de até R$ 1,5 milhão para 8,75% ao ano

Segundo Souza, a redução antecipa as condições da Resolução nº 4.676/18 do Conselho Monetário Nacional(CMN), do final de julho.

O presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Nelson Antonio de Souza, disse nesta sexta-feira, 14, que o banco vai reduzir a partir do dia 24 de setembro a taxa para empréstimos para aquisição de imóveis de até R$ 1,5 milhão, enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). De acordo com ele, a taxa cobrada passará de 9,5% ao ano para 8,75% ao ano. O anúncio foi feito durante o Fórum Brasileiro das Incorporadoras realizado pela Abrainc em São Paulo.

Segundo Souza, a redução antecipa as condições da Resolução nº 4.676/18 do Conselho Monetário Nacional(CMN), do final de julho.

Em agosto, o banco reduziu a taxa de juros do crédito imobiliário em 0,5 ponto porcentual em operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Além disso, reduziu de 9% ao ano para 8,75% ao ano a taxa para imóveis no Sistema Financeiro de Habitação (SFH, para imóveis residenciais de até R$ 800 mil em todo o País, exceto Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o limite é de R$ 950 mil).

Ao final de sua fala, Souza convidou os bancos privados a seguirem a iniciativa da Caixa, tendo sentado ao seu lado o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior.

Caixa vai oferecer serviço de avaliação de imóveis – Nelson de Souza informou ainda que a partir de novembro o banco público vai oferecer serviço de avaliação de imóveis para clientes que não estejam necessariamente se comprometendo com um financiamento com a instituição, o que deve ser uma nova fonte de receita para o banco.

As tarifas do novo serviço, chamado de Caixa Avalia, partirão de R$ 1 mil e não têm um teto, dependendo da metragem e outras variantes relacionadas ao imóvel em questão. De acordo com Souza, a iniciativa atende a uma demanda dos clientes do banco. As avaliações poderão ser acessadas e contratadas na plataforma digital do banco.

Fonte: ibrafi.org.br

 

Financiamento imobiliário é flexibilizado

Além de reduzir os juros, o limite de cota de financiamento de imóveis usados sobe de 70% para 80%.

Em abril, o banco já tinha reduzido os juros do crédito imobiliário, após 17 meses com as taxas congeladas. Na ocasião, o banco também elevou o limite de financiamento de imóveis usados de 50% para 70%. Além de reduzir os juros, o limite de cota de financiamento de imóveis usados sobe de 70% para 80%.

A Caixa anunciou em agosto, redução no juro do crédito imobiliário e aumento da cota para financiamento de imóvel usado. Os juros caem até 0,5 ponto porcentual para operações com recursos da poupança. A taxa mínima vai de 9% ao ano para 8,75% para imóveis no Sistema Financeiro de Habitação (para imóveis residenciais de até R$ 800 mil em todo País, exceto Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, com limite é de R$ 950 mil). Para os imóveis residenciais acima dos limites do SFH, portanto enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), a taxa mínima caiu de 10% para 9,5% ao ano. Essa é a chamada taxa de balcão. Clientes e aqueles que recebem salário pelo banco podem conseguir taxas menores. Em abril, o banco já tinha reduzido os juros do crédito imobiliário, após 17 meses com as taxas congeladas. Na ocasião, o banco também elevou o limite de financiamento de imóveis usados de 50% para 70%. Além de reduzir os juros, o limite de cota de financiamento de imóveis usados sobe de 70% para 80%.

Fonte: ibrafi.org.br

 

Bancos privados avançam sobre mercado de financiamento imobiliário

No mesmo período, a Caixa reduziu em 45% o valor.

Os números não deixam dúvidas. O financiamento imobiliário – antes praticamente concentrado na Caixa Econômica Federal (CEF) – já ganha terreno nos bancos privados e os coloca na cola do banco público quando o assunto é a tomada de crédito para aquisição da casa própria. Se comparados os cinco primeiros meses de 2017 com o mesmo período de 2018, Itaú, Bradesco e Santander aumentaram, respectivamente, em 21%, 56% e 137% o total de recursos da poupança destinados ao crédito imobiliário. No mesmo período, a Caixa reduziu em 45% o valor. Estimulando uma maior concorrência e, consequentemente, reduzindo a taxa de juros do financiamento, os entes privados agora miram a linha pró-cotista (financiada com recursos do FGTS e considerada a mais barata do mercado fora do Minha Casa Minha Vida – MCMV), ainda em fase de testes. No caso de imóveis usados, a modalidade já não pode mais ser financiada pela Caixa este ano por falta de recursos.

O Santander foi o primeiro banco privado a oferecer a linha pró-cotista aos clientes em agências específicas e com taxa de juros de 8,49%. Fora do pró-cotista, a menor taxa do banco é de 8,99%. O Bradesco também está desenvolvendo esta opção, que deve ficar pronta em novembro deste ano. O público-alvo são clientes que possuem saldo de FGTS com pelo menos 36 meses de contribuição.

De acordo com o vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PE), Tiago Melo, os bancos privados começam a despertar interesse “ainda que de forma tímida” pela linha para imóveis de médio padrão. “O avanço dos bancos privados na linha pró-cotista deve estimular o lançamento de empreendimentos fora do MCMV, mas precisamos de regras claras e continuidade do programa”, salienta Melo. Para ele, o interesse dos bancos privados é uma boa notícia, tanto que a Ademi planeja conversa com as entidades para saber como oferecerão esse crédito.

A ampliação da atuação dos bancos privados e a flexibilização do financiamento imobiliário apontam para a recuperação do setor imobiliário. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito e Poupança (Abecip), entre os primeiros semestres de 2017 e 2018, os empréstimos cresceram 23%, atingindo R$ 25,29 bilhões. Grande parte desse montante é fruto da atuação de Bradesco, Santander e Itaú, que se revezaram até junho nos três primeiros lugares entre os bancos que mais destinaram crédito para financiamento via poupança. A Caixa, ao longo deste ano, só aparece em quarto lugar, com R$ 3 bilhões usados na carteira de crédito para financiamento. “Os bancos privados tendem a atuar cada vez mais fortes no financiamento da casa própria. O estoque de dinheiro que esses bancos têm é grande, e colocar isso no crédito imobiliário é uma possibilidade de empréstimo com mais garantia”, diz o empresário e palestrante especializado em mercado imobiliário Carlos José Berzoti. Por concentrar a grande maioria das operações financiadas com recursos do FGTS, a Caixa ainda consegue seguir como o principal agente financeiro de crédito imobiliário, com participação ao redor de 65%.

Além da falta de recursos, os juros menos atrativos para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) colocaram a Caixa num fogo cruzado com os bancos privados. Mesmo com redução da taxa de 10,25% para 9% ao ano no SFH, a CEF ainda tem o juro mais alto do mercado para o segmento, com os demais bancos praticando de 8% a 8,99%. “Os bancos privados melhoram o setor de financiamento por gerarem uma competitividade entre as entidades, o que pode favorecer o mutuário. Acredito que em relação aos juros no SFH, daqui a 90 dias essas taxas vão cair. Pelo que temos conversado com o setor e com os bancos, já há uma pressão por redução dos juros a um patamar mínimo de 8,4% ao ano”, diz Berzoti.

Segundo ele, os bancos privados melhoram a competitividade entre as entidades, favorecendo o cliente. “Todo mundo corre para a Caixa quando quer financiar porque lá a taxa de juros nesse segmento é de 7,65%”, disse, salientando que, por isso, houve o fim do financiamento da linha pró-cotista para imóveis usados este ano.

A professora de inglês Laura Freitas se beneficiou dessa concorrência e conseguiu iniciar o financiamento do seu apartamento próprio este ano. “Há quatro anos eu penso em comprar meu apartamento próprio e estava economizando. Do ano passado para cá, percebi que os preços deram uma estagnada. Então, em março paguei a entrada”, conta Laura, que ainda conseguiu “surfar” na onda de redução das taxas de juros.

Flexibilização – Na tentativa de dar eficiência ao mercado de crédito imobiliário, o Comitê Monetário Nacional (CMN) flexibilizou o financiamento de residências por meio da resolução 4676. O objetivo é facilitar as regras de direcionamento dos recursos usados pelos clientes da construção civil, um pleito antigo do setor. O acesso a recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e da poupança, por exemplo, foram ampliados.

Um dos itens abordados pela resolução é a ampliação do teto de imóveis financiados através do FGTS para o valor de R$ 1,5 milhão em todo o País. O novo limite começaria a valer em 1º de janeiro de 2019, mas, na semana passada, o governo federal prometeu aos empresários da construção civil que anteciparia a mudança do valor máximo para este ano.

Além disso, o CMN flexibilizou a parcela que os bancos são obrigados a aplicar em crédito imobiliário. Até agora, os bancos precisavam destinar 65% dos recursos da poupança para o financiamento de imóveis, dos quais 80% deveriam ser empregados no SFH. Com a entrada em vigor desse item da resolução, os bancos poderão usar o montante proveniente da poupança para financiar imóveis de qualquer valor.

“Além da flexibilização das regras e da efetividade do direcionamento, também temos o incentivo a financiamentos de imóveis de menor valor. Definimos um multiplicador de 1,2 que funciona quando a instituição financeira faz o financiamento de imóveis até R$ 500 mil. Isso aumenta em 20% a eficiência do direcionamento”, explica o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central (Denor), João Andre Calvino Marques Pereira. Pelos cálculos do Banco Central, esse conjunto de ajustes irá injetar cerca de R$ 80 bilhões ao crédito imobiliário. O aperfeiçoamento do direcionamento dos recursos usados para a compra de imóveis faz parte da agenda BC que tem como objetivo revisar questões estruturais do BC e do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

Fonte: ibrafi.org.br

 

 

Crédito bancário interrompe ciclo de queda

Foi o melhor desempenho anual desde o terceiro trimestre de 2015, última vez em que o crédito cresceu acima da variação do IPCA, segundo o Valor Data.

SÃO PAULO  –  O estoque de crédito dos grandes bancos interrompeu, no segundo trimestre, uma trajetória de queda iniciada há dois anos e meio. Itaú Unibanco, Banco do Brasil (BB), Bradesco e Santander chegaram ao fim de junho com um total de R$ 2,2 trilhões em empréstimos e financiamentos. O volume aumentou 4,3% em um ano, praticamente empatando com a inflação nesse período.

Foi o melhor desempenho anual desde o terceiro trimestre de 2015, última vez em que o crédito cresceu acima da variação do IPCA, segundo o Valor Data. Em março, o crédito já havia mostrado um pequeno aumento nominal, mas ainda encolheu em termos reais.

A reação do crédito veio acompanhada de uma nova queda no risco de calotes, e essa combinação foi decisiva para levar os bancos a mais uma safra de resultados em alta. O lucro combinado das quatro maiores instituições financeiras de capital aberto somou R$ 17,8 bilhões no segundo trimestre, o que representa alta de 12,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Analistas consultados pelo Valor esperavam R$ 18 bilhões.

O crescimento no volume de crédito visto no segundo trimestre veio sobretudo dos segmentos de pessoa física e micro, pequenas e médias empresas, definidos como prioritários pelos bancos na estratégia para o pós-crise. No entanto, os balanços também mostraram uma melhora — ainda que muito discreta — nas operações com empresas, mesmo com a greve dos caminhoneiros em maio.

A expectativa dos bancos é que o crédito continue em aceleração nos próximos meses, apesar das incertezas eleitorais. “Não vejo razão para que o ímpeto de crescimento do crédito que a gente tem visto desacelere no segundo semestre”, disse Sergio Rial, presidente do Santander Brasil, na divulgação dos resultados do banco.

O crescimento dos empréstimos e financiamentos, porém, ficou concentrado nos bancos privados. O BB ainda mostrou queda na carteira, mas a expectativa é que a recuperação comece a aparecer com a conclusão de um processo que o presidente da instituição, Paulo Caffarelli, qualificou de “limpeza” da carteira.

De forma geral, as instituições conseguiram driblar a tendência de queda nos spreads ao ajustar o foco para linhas mais rentáveis e de menor risco. Empréstimos consignados, financiamento imobiliário e de veículos, e operações com pequenas companhias lastreadas em recebíveis deram o tom nos negócios. Spread é a diferença entre a taxa que uma instituição financeira paga ao captar recursos e a que cobra para emprestar dinheiro.

A demanda de grandes empresas permaneceu fraca, mas o segmento deixou de piorar. Santander e Bradesco mostraram crescimento anual no crédito a pessoas jurídicas, mas ainda não veem uma retomada mais forte pelo menos até que passem as incertezas do período eleitoral. “O cenário não mudou”, afirmou Carlos Firetti, diretor de relações com o mercado do Bradesco.

“O resultado pode parecer surpreendente, mas para nós não”, disse o presidente-executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, numa referência à estratégia de buscar operações mais rentáveis e menos arriscadas.

Um ambiente menos negativo para as empresas e o foco em operações com garantias mais fortes também contribuíram para uma redução significativa do chamado custo do crédito. As despesas dos bancos com provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 13,2 bilhões entre abril e junho. O número mostra queda de 24,3% frente ao mesmo período do ano passado e é menos da metade da cifra registrada no primeiro trimestre de 2016, pior momento da crise.

Diante da melhora, Itaú, BB e Bradesco reduziram suas projeções para despesas com provisões neste ano. O Santander não divulga estimativas ao mercado.

O alívio nas despesas com PDD, ao lado de um forte aperto nos custos operacionais, ajudou os bancos a contrabalançar a pressão na margem financeira. Com exceção do Santander, os demais tiveram queda no indicador nos três meses encerrados em junho. O impacto não veio só das operações de crédito, mas também da tesouraria e do efeito contábil da Selic mais baixa sobre o patrimônio líquido.

Embora a atividade econômica esteja aquém do esperado, os grandes bancos vislumbram um ambiente mais promissor à frente. “Vemos uma tendência clara de crescimento dos resultados”, afirmou o presidente do Itaú, Candido Bracher, em teleconferência com analistas. Segundo ele, a retomada do crédito, mudanças na composição da carteira e melhorias em custos e serviços vão contribuir para isso.

Caffarelli, do Banco do Brasil, também apontou uma tendência de melhora nas operações de empréstimos e financiamentos e nos resultados de forma geral. “O caminho para os próximos trimestres está pavimentado. Tenho certeza de que colheremos novos ganhos”, afirmou.

Fonte: ibrafi.org.br

Hotelaria de São Paulo (capital) registra ocupação média de 65% no 1º semestre

Ocupação na cidade chegou a 65% no 1º semestre

Dados do Observatório do Turismo de São Paulo, órgão ligado à SPTuris, revelam o desempenho da hotelaria na capital paulista na primeira metade do ano. Segundo o relatório “Desempenho dos meios de hospedagem”, a média de ocupação foi de 65,58% de janeiro a junho. No período, o mês com melhor resultado foi março, com índice de 72%. Na contramão, janeiro foi o mais fraco, com 54%.

Quando observada a diária média, o resultado do semestre foi R$ 309,55. Nos empreendimentos econômicos, entretanto, a média foi um pouco mais baixa, de R$ 200,58, enquanto nas unidades midscale o resultado foi de R$ 288,04. Por fim, nos hotéis de luxo e de superluxo, a tarifa média ficou em R$ 396,81 e R$ 664,39, respectivamente. Na análise de RevPar, o desempenho do semestre foi R$ 203,43.

São Paulo: mais dados

Os índices levam em consideração a performance hoteleira durante a semana, quando os hotéis corporativos, maior parte da oferta na cidade, têm maior demanda. A análise da movimentação de sábados e domingos mostra números inferiores. A ocupação no período ficou em 58,46%, enquanto a diária média aplicada esteve em R$ 272,57.

Para efeito de comparação com outras capitais, o índice de São Paulo ficou abaixo do verificado em Maceió (73%), mas acima do visto em Salvador (61%).

O levantamento mostra ainda o comportamento dos hostels do município. Nesse tipo de meio de hospedagem, a ocupação esteve pouco acima dos 50% no período, enquanto a diária média foi de R$ 55,25.

Fonte: hoteliernews.com.br