Secovi: mercado imobiliário de SP pode crescer 10% com ajustes no plano diretor

“Com poucos lançamentos durante a crise, esse problema não aparecia. Agora, a falta de terrenos está fazendo com que os novos projetos migrem para regiões periféricas”

Os lançamentos e as vendas de empreendimentos imobiliários na cidade de São Paulo em 2019 podem subir até 10% em relação a 2018 caso a prefeitura atenda os pedidos de empresários de ajustes no Plano Diretor, de acordo com estimativa do vice-presidente de incorporação e terrenos urbanos do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Emílio Kallas. “Se forem aprovadas rapidamente as calibragens na prefeitura, é razoável estimar um crescimento de 10%. Sem isso, o mercado vai se arrastar, perto da estabilidade, com a comercialização de projetos que já estavam aprovados”, disse em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Segundo Kallas, o reaquecimento da atividade das incorporadoras evidenciou a falta de terrenos para projetos nos arredores de vias com corredores de ônibus e estações de trens e metrôs, justamente onde o Plano Diretor incentiva novas construções. “Com poucos lançamentos durante a crise, esse problema não aparecia. Agora, a falta de terrenos está fazendo com que os novos projetos migrem para regiões periféricas”, conta.

Por conta disso, os empresários pedem que a prefeitura flexibilize os limites de construção e reduza o valor da outorga (licença) para o desenvolvimento imobiliário. “Quanto mais caro o insumo, mais caro para os consumidores”, diz o vice-presidente do sindicato patronal.

Kallas estima que o mercado imobiliário de São Paulo fechará o ano de 2018 com lançamentos de 30 mil unidades e vendas de 28 mil unidades, aproximadamente. Se confirmado, isso representará alta de 5% e 18%, respectivamente, em relação a 2017. “O mercado vem se aquecendo nos últimos meses, especialmente após a definição das eleições”, avalia. “Temos visto maior movimento nos estandes e maior velocidade na decisão de compra pelos consumidores.”

Vendas e lançamentos

A pesquisa mais recente do Secovi-SP, antecipada nesta segunda para o Broadcast, mostra que o mercado de imóveis residenciais novos da cidade de São Paulo em novembro teve elevação de lançamentos e vendas quando comparado com outubro, mas mostrou leve recuo em relação ao mesmo período do ano passado.

Foram vendidas 3,843 mil moradias em novembro, 36,5% superior a outubro e 0,6% inferior a novembro do ano anterior. Os lançamentos chegaram a 6,068 mil unidades, resultado 29,3% superior ao de outubro e 7,3% abaixo de novembro do ano anterior.

Já no acumulado do ano o mercado imobiliário paulistano registrou expansão. Entre janeiro e novembro de 2018, as vendas totalizaram 24,725 mil unidades, alta de 32,5% frente ao mesmo período de 2017. E os lançamentos, de 25,042 mil, tiveram crescimento de 15,8% na mesma base de comparação anual.

Com mais lançamentos do que vendas em novembro, o estoque de imóveis residenciais novos (na planta, em obras e recém-construídas) na capital paulista cresceu e atingiu 20,237 mil moradias, alta de 10,6% em relação a outubro e de 3,6% em comparação a novembro do ano anterior. Apesar do crescimento no mês, o estoque ainda está distante do seu pico de 28 mil unidades registrado no auge da crise, em 2015.

Kallas comenta que os preços dos imóveis novos, em fase de lançamento, ainda têm uma defasagem na ordem de 10% a 15% em relação ao valor que seria considerado normal para fazer frente aos riscos do negócio e às expectativas de lucro. Mas com o reaquecimento do mercado, a situação vem mudando gradualmente, segundo ele. “Mesmo que ainda haja algum tipo de desconto, os incorporadores já têm mostrado um pouco mais de coragem para pedir valores maiores”, afirma.

As pesquisas de mercado mais recentes têm mostrado que os preços seguem deprimidos, a despeito da retomada gradual das atividades do setor. O preço médio dos imóveis caiu 0,21% na comparação de 2018 contra 2017, segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que é feita com base na média dos anúncios de imóveis usados de 20 cidades no site Zap. Em São Paulo, maior mercado imobiliário do País, foi registrada alta de 1,79%.

Já de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que apura os valores de imóveis novos e usados vendidos por meio de financiamento bancário, os preços subiram 0,55% no ano passado, considerando a média de nove capitais. Em São Paulo, o aumento foi de 1,16%.

Fonte: istoedinheiro.com.br

Mudança na Caixa não tira fôlego e anima mercado imobiliário

A onda de otimismo também está entre outros profissionais do ramo imobiliário.

Os mercados de construção civil e imobiliário devem ter um ano de retomada de crescimento, com investimentos significativos. A expectativa é do presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), José William Montenegro Leal.

Para José William, 2019 é um ano de retomada e esperança para o setor, já que existe a expectativa de uma economia mais equilibrada e propícia a investimentos.

Além disso, o setor possui a perspectiva de manutenção das taxas de juros, mesmo com as declarações divergentes do novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, de que a classe média iria pagar juros de mercado para participar do ‘Minha Casa, Minha Vida’. A declaração foi desmentida por ele mesmo posteriormente.

“Tenho dito que 2019 será o ano da retomada da construção civil e, em consequência, também do mercado imobiliário. Tenho certeza de que não vai haver aumento de juros, até porque muitos bancos privados já praticam taxas menores do que as da Caixa para atrair o público de classe média. Acredito que o que o presidente da Caixa disse é que vai haver um estímulo maior da concorrência e que o banco vai priorizar ainda mais o ‘Minha Casa, Minha Vida’”, contou José William.

O presidente do Sinduscon também argumentou que medidas recentes tomadas pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) garantiram maior segurança jurídica para fechamento de contratos, tanto para construtoras e imobiliárias como para consumidores. Com isso, a expectativa é de que, a longo prazo, com a manutenção das taxas de juros e novas reformas na economia, o setor ganhe fôlego.

“Conseguimos maior segurança jurídica nos contratos. Torcemos para que as taxas de juros permaneçam onde estão, ou até baixem, que a inflação continue nas margens atuais e que as reformas prossigam. A cada emprego gerado no mercado de construção outros cinco, seis empregos diretos são gerados em outros setores. O mercado da construção gera emprego com facilidade, é um indutor da economia. O governo tem uma equipe econômica competente e acredito que nos próximos 120 dais outras medidas sejam tomadas para acelerar ainda mais nosso seguimento”, concluiu José William.

Corretores – A onda de otimismo também está entre outros profissionais do ramo imobiliário. A corretora Angélica Silvino disse ao Portal Correio que 2018 foi um ano muito difícil para o mercado, mas está otimista para 2019 e com boas expectativas.

“Acredito que 2019 será um ano de recuperação para o mercado imobiliário, que sofreu muito em 2018 com desemprego, inadimplência e distratos. Com essa mudança de governo, estou muito confiante na retomada do crescimento imobiliário. Acredito que teremos maiores ofertas e melhoria nas opções de financiamento. Estou bastante otimista e acreditando na melhoria da economia em geral”, afirmou.

Fonte: ibrafi.org.br

Recurso de FGTS e poupança para financiar imóveis tem limite, diz Caixa

“A Caixa vai passar a ser uma originadora de crédito, mais do que reter esse crédito no balanço. Isso não vai acontecer em dois, três ou quatro anos. Mas o objetivo é que a Caixa passe a originar 70% mas venda uma parte relevante.”

O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou nesta segunda-feira, 7, após cerimônia de posse no Palácio do Planalto, que o funding do FGTS e da poupança, para financiamento imobiliário, tem um limite, “e este limite chegou”. Segundo ele, para continuar a expandir o crédito imobiliário, será preciso vender crédito da carteira da Caixa, “como ocorre em qualquer país do mundo”. “Na verdade, a pergunta é por que a Caixa e os outros bancos brasileiros ainda não fizeram isso”, disse.

De acordo com Guimarães, “ao vender R$ 20 bilhões, R$ 30 bilhões, R$ 50 bilhões ou R$ 100 bilhões em operações de crédito, eu consigo oferecer mais crédito”. “A Caixa vai passar a ser uma originadora de crédito, mais do que reter esse crédito no balanço. Isso não vai acontecer em dois, três ou quatro anos. Mas o objetivo é que a Caixa passe a originar 70% mas venda uma parte relevante.”

Guimarães afirmou ainda que a Caixa venderá a carteira de crédito ativo via instrumentos do mercado de capitais. “Vamos fazer todos (os instrumentos). Vamos fazer carteiras ativas – existem três instrumentos -, vai haver outros. Acho importante permitir a entrada de investidores estrangeiros. As carteiras de crédito são problema grave na Caixa hoje. Nada grave em relação a capital, mas tem impacto em resultado”, disse.

Segundo ele, as carteiras de crédito vencido são um são um problema sério, que precisa ser resolvido. Guimarães afirmou ainda que é preciso ter metodologia para a venda de imóveis retomados. “São 60 mil imóveis. E isso tem que ser resolvido. Você vai ter que ter uma metodologia de venda de mil imóveis, 2 mil imóveis, 3 mil imóveis ao longo do ano. A maior parte desses imóveis são da Minha Casa, Minha Vida, faixas 1 e 2.”

Guimarães afirmou ainda que os juros do crédito imobiliário não vão subir no Minha Casa, Minha Vida. Já a classe média terá que pagar mais para ter crédito ou buscar alternativas nos bancos privados. “Vamos respeitar, acima de tudo, lei de mercado”, afirmou, ao ser questionado sobre possibilidade de alta de juros no financiamento imobiliário fora do Minha Casa, Minha Vida.

O presidente Jair Bolsonaro participou nesta segunda-feira da cerimônia de posse dos novos presidentes de Banco do Brasil, Rubem Novaes, BNDES, Joaquim Levy, e Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. O evento ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília.

Fonte: ibrafi.org.br

 

Construção civil e mercado imobiliário têm boas expectativa para 2019

A cadeia produtiva da construção civil é extensa, gera empregos para o mercado cimenteiro, de alvenaria, vidraceiro e tantos outros.

Sem dúvida, 2018 será lembrado por ter sido um ano de imensos desafios para os setores imobiliário e da construção. O ano foi marcado pela paralisação dos caminhoneiros, Copa do Mundo, instabilidade eleitoral, muitas oscilações do mercado financeiro e das linhas de financiamento, assim como por novas exigências do consumidor de imóveis. Apesar dos intensos percalços, o mercado se mostra otimista e confiante para o próximo ano. Além disso, a cadeia produtiva da construção civil no estado gerou empregos, obras e moradias.

Todos os desafios enfrentados em 2018 demonstram um histórico já famoso: se a economia do país não está bem, o setor da construção sofre os efeitos. Mas, se por um lado, as expectativas de crescimento não foram consolidadas como o esperado, a construção registrou números positivos na geração de empregos. De acordo com informações do balanço anual do setor, divulgadas pela assessoria econômica do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), em todo o Brasil foram gerados 82.097 postos de trabalho com carteira assinada nos primeiros 10 meses do ano.

Em Minas Gerais, foram contabilizadas 28.393 novas vagas nesse período e na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) somaram 20.556 postos. A capital mineira também se destacou do restante do país e foi a que mais gerou empregos na construção civil, sendo o saldo de vagas no período de janeiro a outubro de 2018 igual a 18.478. “O setor é estratégico no panorama sócio econômico, constrói escolas, hospitais, edifícios, produzindo bens sociais. A cadeia produtiva da construção civil é extensa, gera empregos para o mercado cimenteiro, de alvenaria, vidraceiro e tantos outros. E isso gera um impacto positivo e emprego em diversas áreas. O efeito induzido, como chamamos”, afirma Daniel Furletti, economista e coordenador do Sinduscon-MG.

O economista, conta que, para se ter uma noção, a segunda colocada em geração de empregos na construção foi Curitiba, com saldo de 2.594 vagas no mesmo período. “A construção de edifícios foi responsável por 35,36% das vagas geradas e quase 50% em Minas”, destaca.

Desempenho – Cássia Ximenes, presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e do Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), ressalta que, conforme as pesquisas do Data Secovi, o instituto de pesquisa da CMI/Secovi-MG, as vendas de imóveis em Belo Horizonte tiveram desempenho aproximadamente 5% maior do que em 2017. “Esse é um indicador importante de recuperação do setor, que foi bastante impactado com a crise socioeconômica e política do país”, avalia.

Números que podem ser ilustrados pelo lançamento de unidades residenciais nas cidades de Belo Horizonte e Nova Lima se comparados os anos de 2017 e 2018, pelo balanço anual do Sinduscon. De janeiro a outubro de 2017, foram lançados 1,6 mil unidades. No mesmo período deste ano, foram 2.285 lançamentos .

De janeiro a outubro deste ano, o número de unidades vendidas foi superior às lançadas, o que provocou uma redução do estoque disponível para comercialização. Nos 10 primeiros meses, foram vendidos 2.740 apartamentos novos nas cidades de Belo Horizonte e Nova Lima, número 26,38% superior ao registrado em igual período do ano anterior, com 2.168. O estoque apresentou queda de 10,08%, passando de 4.644 apartamentos disponíveis para comercialização em outubro de 2017 para 4.176 em outubro deste ano.

Já o número de empreendimentos lançados apresentou redução de 5,45%, enquanto de janeiro a outubro de 2017 foram lançados 55 empreendimentos; no mesmo período de 2018, foram 52. Como o número de unidades lançadas foi maior em 2018 do que em 2017, pode-se concluir que, neste ano, os empreendimentos lançados tinham maior número de apartamentos.

A venda teve uma performance que animou os imobiliaristas a acreditar em melhores perspectivas. Na locação, as várias opções de segurança locatícia e a desburocratização da contratação foram incentivos ao bom desempenho. “Diante de todos os percalços que atravessamos, posso afirmar que reagimos muito bem e saímos ainda mais fortes e experientes. Estamos prontos para usufruir tempos melhores na economia do país”, afirma Cássia Ximenes.

Novo Perfil – Para a executiva, existe um pódio garantido no ano que vem para os imóveis residenciais, principalmente aqueles que atendem às novas exigências dos moradores que querem uma administração condominial que garanta segurança e conforto, além de toda a infraestrutura garantida por um bom projeto e construção. “Para os empreendimentos comerciais, o destaque vai para os espaços que vislumbrem a interatividade dos seus usuários, como os coworkings”, destacou.

Uma retomada do setor imobiliário, da economia e das mudanças em algumas legislações contribuiu também para uma redução do volume de distratos e inadimplência. “No âmbito federal, a questão dos distratos foi uma vitória não só para as construtoras e incorporadoras, mas também para os consumidores de boa-fé, que acabavam sendo prejudicados pelos inadimplentes.”

O mercado imobiliário vem se transformando e se adaptando às mudanças tecnológicas e ao novo perfil de consumidor que se apresenta. “O cliente final do mercado imobiliário mudou e empresas e profissionais do mercado estão se adaptando às novas ferramentas disruptivas apresentadas por startups e organizações antenadas na excelência do atendimento.”

Plano diretor – Os dados demonstram que o mercado imobiliário inicia uma reação positiva para 2019, mas que ainda pode sofrer impactos negativos caso seja aprovado o Projeto de Lei 1.749/15, referente ao novo Plano Diretor da capital. “Em Belo Horizonte, o setor produtivo luta para não deixar aprovar um plano diretor retrógrado, que pode travar a construção civil e o desenvolvimento urbano”, argumenta Cássia Ximenes.

Caso o novo Plano Diretor de Belo Horizonte seja aprovado como está, ocorrerá aumento médio de 30% no valor final dos imóveis. Impacto não somente para o bolso do consumidor, mas para o setor, que precisa vender, para investir em novos negócios, e assim gerar novos empregos. “Esse projeto dificulta parâmetros urbanísticos para a construção devido ao coeficiente de ocupação e outras limitações. Se essa lei for aprovada, trará menos desenvolvimento para BH, indo na contramão do cenário macroeconômico”, pontua Daniel Furletti.

Desafios  – O setor registrou a quinta queda consecutiva em seu PIB, com expectativa de fechamento em 2,4%. Dado justificado pela estimativa de maior crescimento da economia nacional, que também não se consolidou. Prevista para crescer 2,7% neste ano, pesquisas indicam que a economia encerrará 2018 em 1,3%.

De acordo com o balanço anual do Sinduscon-MG, de 2014 a 2017, o PIB da construção apresentou queda de 25,8% no país, enquanto a economia nacional, nesse mesmo período, registrou redução de 5,20%. O ano de 2018, entretanto, iniciou com perspectiva de alta de 2,7% do PIB nacional. Daniel Furletti conta que, entre os fatores que justificavam o dado constava a expectativa da aprovação da reforma da Previdência e a greve dos caminhoneiros, que comprometeram o desempenho da economia nacional e contribuíram para desvalorizar confiança dos empresários e consumidores.

Cassia Ximenes espera que o setor tenha um maior volume de lançamentos em 2019. “Acreditamos que 2019 será melhor que 2018 e pior que 2020. Temos um mundo sem fronteiras de informações e com possibilidades de atrair investimentos estrangeiros para o Brasil”, afirma. Ela se apresenta otimista e acredita na melhora da economia como um todo e na retomada do desenvolvimento do país. “Acreditamos que podemos escrever uma nova história para Minas e para o Brasil.”

Fonte: ibrafi.org.br

Incorporadoras revelam otimismo com o mercado

Como o ritmo de lançamentos superou o das vendas, houve aumento na oferta de imóveis disponíveis, de 16.707 em setembro para 18.817 em outubro.

O aspecto mais importante da Pesquisa do Mercado Imobiliário feita pelo sindicato da habitação (Secovi-SP) em outubro foi o aumento dos lançamentos de imóveis novos. Este parece ser um sinal de que as incorporadoras acreditam no aumento da demanda, como vêm declarando lideranças do setor nas últimas semanas.

Outubro foi o melhor mês do ano para o mercado imobiliário da capital. Foram lançadas 4.694 unidades, 116% mais do que em setembro e 108% acima de outubro de 2017. Entre janeiro e outubro, 18.974 unidades foram lançadas em São Paulo, 25,8% mais do que em igual período de 2017.

As vendas também cresceram, mas em ritmo um pouco menor do que o dos lançamentos. Foram comercializadas, em outubro, 2.815 unidades novas, 44,9% acima das 1.943 unidades de setembro e 42,1% mais do que em outubro de 2017. Nos primeiros dez meses do ano, as vendas de 20.882 unidades superaram em 41,2% as de igual período de 2017.

Como o ritmo de lançamentos superou o das vendas, houve aumento na oferta de imóveis disponíveis, de 16.707 em setembro para 18.817 em outubro. Não chega a ser um número preocupante, pois a velocidade das vendas tem registrado bons níveis.

Não se pode falar em volta aos anos dourados do setor imobiliário, pois os lançamentos são inferiores aos registrados entre 2007 e 2014. Mas, ainda assim, a recuperação parece se tornar inequívoca, marcada pela volta ao mercado paulistano de construtoras bem reputadas e que até 2017 vinham evitando investir.

O mercado predominante é o dos imóveis pouco espaçosos, com até 45 m² de área útil, muitos dos quais enquadráveis no Programa Minha Casa, Minha Vida, destinados à população de baixa renda. Mas, aos poucos, retornam os investimentos em imóveis destinados às classes média e média alta, com valores superiores a R$ 1,5 milhão, como identificou a pesquisa do Secovi.

A maior procura por imóveis de alto padrão se deve ao adiamento das compras durante a crise econômica, notou um dos vice-presidentes do sindicato, Flávio Prando.

Ao contrário do que ocorre na capital, o mercado imobiliário é mais fraco nas demais cidades da Região Metropolitana de São Paulo. A demanda se concentra em imóveis mais bem servidos por infraestrutura e próximos do local de trabalho do comprador.

Fonte: ibrafi.org.br

 

 

Lançamentos de imóveis no país crescem 30% no 3º trimestre, aponta CBIC

Como resultado de vendas maiores do que lançamentos, o estoque de imóveis residenciais novos recuou 13,8% em um ano

Por sua vez, as vendas alcançaram 26 mil unidades no terceiro trimestre de 2018, crescimento de 23% em relação a igual período de 2017

São Paulo – O mercado imobiliário nacional manteve a trajetória de recuperação dos lançamentos e das vendas de moradias nos últimos meses e tende a continuar com bom desempenho neste fim de ano, de acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Os lançamentos de novos projetos totalizaram 21,463 mil unidades no terceiro trimestre de 2018, avanço de 30,1 por cento em relação aos mesmos meses de 2017. No acumulado dos últimos 12 meses até setembro, os lançamentos atingiram 102,552 mil unidades, ante 85,602 mil unidades no acumulado dos 12 meses anteriores.

Por sua vez, as vendas alcançaram 26,187 mil unidades no terceiro trimestre de 2018, crescimento de 23,1% em comparação com igual período de 2017. No acumulado dos últimos 12 meses até setembro, foram vendidas 118,462 mil unidades, ante 93,500 mil no acumulado dos 12 meses anteriores.

Como resultado de vendas maiores do que lançamentos, o estoque de imóveis residenciais novos recuou 13,8% em um ano, chegando a 118,590 mil unidades. Desse total, 23 por cento são unidades na planta, 47 por cento em obras e 30 por cento prontas. Se mantido o ritmo atual de vendas, o estoque seria suficiente para abastecer o mercado por 14 meses.

De acordo com o presidente da Comissão Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci, o mercado deve ter um desempenho positivo também no fim deste ano, baseado na continuidade da recuperação da economia brasileira, melhora gradual do nível de emprego e disponibilidade de financiamento.

“Tudo indica que devemos ter um quarto trimestre forte em lançamentos e vendas”, afirmou nesta segunda-feira, 26, durante apresentação do estudo. O levantamento da CBIC considera os números de 21 cidades e regiões metropolitanas do país.

Otimismo

Os lançamentos e as vendas de imóveis no país devem crescer na ordem de 10% a 15% na comparação de 2019 com 2018, de acordo com projeções da CBIC.”Esperamos que seja um crescimento paulatino, que irá acompanhar a demanda por imóveis e a recuperação da economia do país”, disse Petrucci.

Ele ponderou, entretanto, que o avanço esperado do setor daqui para frente dependerá da garantia de disponibilidade de recursos para financiamento da compra e da construção de imóveis, especialmente dentro do programa Minha Casa Minha Vida, que hoje representa cerca de dois terços dos lançamentos e das vendas.

No último mês, a falta de recursos do FGTS paralisou temporariamente as atividades do programa habitacional, o que só foi normalizado após o remanejamento do orçamento do fundo.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, acrescentou que está otimista com as perspectivas para o ano que vem. “O País está entrando em um período de normalidade econômica. É nesse tipo de cenário que o mercado imobiliário mais cresce, pois depende da confiança dos agentes”, afirmou.

Fonte: exame.abril.com.br

Bairro nobre puxa locação comercial

A retomada do mercado de imóveis corporativos começa a ser percebida nos bairros nobres de São Paulo. Hoje, a taxa de vacância dos escritórios nesses endereços já se aproxima do nível anterior à crise e está bem mais difícil achar um espaço nessas regiões que no restante da cidade – onde a lenta recuperação da economia é mais sentida.

Nas regiões nobres da capital paulista, a taxa de imóveis vagos de alto padrão caiu da casa dos 26%, há um ano, para 17,9% – abaixo de bairros menos valorizados, em que a desocupação continua acima dos 27%, segundo pesquisa da consultoria JLL.

As áreas nobres para o mercado comercial incluem regiões como as avenidas Faria Lima e Juscelino Kubitschek – com um grande número de edifícios corporativos novos – e outros pontos mais tradicionais da cidade, como a Avenida Paulista.

Nos anos anteriores à recessão, o porcentual de imóveis comerciais de alto padrão vagos em toda a cidade era de até 15%. “Nas regiões nobres, já estamos nos aproximando desse patamar, em grande parte, porque as empresas estão aproveitando oportunidades para conseguir alugar um imóvel melhor pelo mesmo valor de um antigo”, diz Jadson Andrade, da consultoria Cushman & Wakefield.

A corretora e consultoria Willis Towers Watson, por exemplo, completou um processo de fusão há dois anos, mas ainda ocupava parte de dois edifícios diferentes. Quando os contratos de aluguel venceram, a empresa buscou um imóvel de padrão mais alto, na zona sul, para reunir seus 550 funcionários.

“Era uma forma de otimizar o trabalho e ainda aproveitamos para nos mudarmos para um prédio mais moderno”, conta a diretora Priscila Ali. O imóvel está em reforma e ela estima que a mudança, prevista para março, gere uma economia de R$ 1 milhão em cinco anos.

Débora Costa, da JLL, concorda que as regiões nobres ficaram mais competitivas. “Por serem mais estruturadas e cobiçadas, essas regiões da cidade sempre acabam reagindo mais rápido, mas a queda da vacância serve para sinalizar que o mercado se aproxima da retomada.”

Mais espaço. Até o ano passado, grande parte das novas locações se dava por oportunidade – as empresas trocavam um imóvel de padrão mediano por outro melhor, pagando quase o mesmo preço. Em 2018, além desse movimento, está ocorrendo uma virada no mercado.

Este ano, as empresas têm alugado espaços maiores, com o preço do metro quadrado praticamente estável. “Alguns endereços tiveram altas de aluguel, mas foram pontuais”, diz Eduardo Miyamoto, também da JLL.

A central de startups Cubo Itaú, por exemplo, fez uma mudança ambiciosa: trocou um imóvel de 5.000 m² por outro de 21 mil m². “A demanda subiu e quadruplicamos o nosso espaço em agosto. Foi um processo longo até conseguir o imóvel, mas a gente queria ficar na região da Vila Olímpia”, diz Reynaldo Gama, do Cubo Itaú.

Na avaliação de Andrade, da Cushman, os aluguéis comerciais devem ter um novo ciclo de aumento a partir de 2020 – a mesma previsão feita para o mercado de imóveis residenciais. Em 12 meses até outubro, o índice FipeZap aponta que os aluguéis comerciais em São Paulo tiveram alta de 3,9%, abaixo da inflação – de 10,8% pelo IGP-M.

Fonte: ibrafi.org.br

 

Entenda o fundo imobiliário do governo e quais os desafios para criá-lo

“O Estado tende a olhar como igual e agrupar no mesmo fundo, mas essa estratégia pode deixar de atrair investidores. Quanto mais específico for o ativo do investimento, mais fácil vai ser encontrar um grupo interessado em investir nele.”

O advogado Carlos Ferrari, sócio do NFA Advogados, explica que o maior objetivo dessa estrutura é melhorar a eficiência da gestão do patrimônio da União, reduzindo gastos e aumentando a rentabilidade.

Ferrari lembra que a administração do Estado sobre os ativos imobiliários pode ser demasiadamente lenta e burocrática, o que faz com que os imóveis gerem mais despesa do que lucro. Um edifício, por exemplo, além de envelhecer e perder valor, paga impostos e necessita de constante fiscalização e manutenção.

Muitas vezes, estes imóveis nem estão exercendo função pública, e sim alugados para propriedades privadas remuneradas, como bancos ou escolas.

“O intuito é que o ente privado vinculado a figura do fundo imobiliário traga consigo o conhecimento da área e consiga desempenhar um papel mais eficiente que o Estado”, explica. “É muito difícil para a União cuidar do interesse público e também do interesse privado dentro da carteira imobiliária que possui.”

Ao reverter os imóveis para este fundo, o Estado deixa de gerir os propriedades mas segue dono de todas as cotas. Cabe a ele decidir se vai liberar novas cotas para investidores ou vender e comercializar as que já possui, reduzindo seu percentual e permitindo que o mercado absorva. “No limite, o Governo Federal pode reduzir totalmente sua participação no fundo.”

Para o país, a melhoria na administração é valiosa. Hoje, o custo inerente dos ativos imobiliários gera prejuízos. Muitos, inclusive, desmoronam por falta de manutenção. O ente privado é responsável fazer estes ativos gerarem resultados. Inclusive, a remuneração dos prestadores de serviço que vão administrar o patrimônio será feita por meio de uma taxa de performances.

Quanto melhor for gerido o patrimônio, melhor será a remuneração. “Com isso é possível evitar que a administração seja ineficiente. Uma parcela relevante do salário é vinculada ao desempenho do gestor.”

O Estado recebe o retorno do investimento como cotista, e, além disso, passará a ter um patrimônio mais líquido, podendo se desfazer das cotas no mercado com mais facilidade – o que também gera receita. “Mesmo que nenhuma cota seja comercializada, os imóveis ainda serão valorizados.”

Outra vantagem da criação do Fundo Imobiliário da União, segundo Ferrari, é que muitos dos prédios públicos que não são devidamente registrados serão regularizados, uma vez que a dirigência imobiliária dos ativos é fundamental para o andamento do fundo. “Muitos imóveis têm matrículas confrontantes e características que podem não ser mais as regulares. A partir da transferência para o fundo, essa situação é necessariamente regularizada.”

Para os investidores, a oportunidade de acessar um volume patrimonial grande e diversificado também é valiosa. A proposta é que o Fundo Imobiliário da União já comece com mais de 100 imóveis de diferentes naturezas (rurais, urbanos, alugados, para venda, etc).

“Essa diversidade atrai oportunidades financeiras por excelência, a composição dos ativos em volume e tamanho tende a trazer oportunidades de negócios interessantes para os investidores.”

Além disso, segundo Ferrari, a possibilidade de lidar com um interlocutor privado traz conforto e transmite segurança para o investidor, mas do que ele teria se tivesse que negociar com o próprio agente do estado ou ministério.

Alguns estados e municípios também possuem seus próprios fundos imobiliários. É o caso de São Paulo e Minas Gerais. O da União deve ser lançado na metade de 2019. Por enquanto, o projeto possui alguns desafios, na visão de Ferrari.

“Um ponto importante é a diversificação, alguns ativos serão usados para geração de renda e locação e outros para melhoria na manutenção. Isso são duas coisas diferentes e podem ser segregadas em fundos diferentes”, explica.

“O Estado tende a olhar como igual e agrupar no mesmo fundo, mas essa estratégia pode deixar de atrair investidores. Quanto mais específico for o ativo do investimento, mais fácil vai ser encontrar um grupo interessado em investir nele.”

Após o lançado, os entes entes privados têm dois anos para fazer os primeiros resultados aparecerem. “Isso é mais um desafio, uma vez que o mercado imobiliário não se movimenta com a agilidade que se pretende.”

A estratégia de utilizar um fundo imobiliário para otimizar a gestão e garantir lucro é utilizada no mercado desde a década de 90. Para Casalani, “a proposta é bem-vinda, ainda que tardia, e pode melhorar muito a qualidade dos ativos imobiliários que a União possui.”

Fonte: ibrafi.org.br

Investir em imóvel no Brasil dá ‘visto gold’ a estrangeiro

Com o investimento validado por um banco brasileiro, o imigrante terá direito a uma autorização provisória de dois anos.

Investir em um imóvel, em troca de poder morar por prazo indeterminado num outro país. A alternativa já havia entrado, nos últimos anos, no radar dos brasileiros que sonham em viver fora e agora também vale para os estrangeiros que querem ficar no Brasil sem data de partida.

Desde o fim de novembro, o estrangeiro que comprar um imóvel no País passou a poder pedir uma autorização de residência. Essa alternativa de investimento, apesar de não levar o mesmo nome, é inspirada em um dos caminhos mais utilizados por quem pleiteia o chamado “visto gold” para morar em outros países, como Portugal.

No caso do Brasil, o investimento mínimo em imóveis prontos ou em construção é de R$ 700 mil (para os Estados do Norte e do Nordeste) e de R$ 1 milhão, para as demais regiões. Isso vale tanto para imóveis residenciais quanto comerciais, mas apenas para os urbanos – não inclui propriedades rurais.

Com o investimento validado por um banco brasileiro, o imigrante terá direito a uma autorização provisória de dois anos. Esse prazo serve para garantir que o imóvel está sendo conservado e continua com o mesmo dono. Depois disso, a autorização se torna permanente.

A norma, do Ministério do Trabalho (MTE), surgiu com a nova Lei de Migração, que entrou em vigor há um ano. Além do investimento, o estrangeiro precisa morar por 30 dias no Brasil, para ter residência. Após quatro anos como residente, ele pode pedir a naturalização.

Fonte: ibrafi.org.br

Lançamentos de imóveis no país crescem 30% no 3º trimestre, aponta CBIC

Por sua vez, as vendas alcançaram 26,187 mil unidades no terceiro trimestre de 2018, crescimento de 23,1% em comparação com igual período de 2017.

São Paulo – O mercado imobiliário nacional manteve a trajetória de recuperação dos lançamentos e das vendas de moradias nos últimos meses e tende a continuar com bom desempenho neste fim de ano, de acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Os lançamentos de novos projetos totalizaram 21,463 mil unidades no terceiro trimestre de 2018, avanço de 30,1 por cento em relação aos mesmos meses de 2017. No acumulado dos últimos 12 meses até setembro, os lançamentos atingiram 102,552 mil unidades, ante 85,602 mil unidades no acumulado dos 12 meses anteriores.

Por sua vez, as vendas alcançaram 26,187 mil unidades no terceiro trimestre de 2018, crescimento de 23,1% em comparação com igual período de 2017. No acumulado dos últimos 12 meses até setembro, foram vendidas 118,462 mil unidades, ante 93,500 mil no acumulado dos 12 meses anteriores.

Como resultado de vendas maiores do que lançamentos, o estoque de imóveis residenciais novos recuou 13,8% em um ano, chegando a 118,590 mil unidades. Desse total, 23 por cento são unidades na planta, 47 por cento em obras e 30 por cento prontas. Se mantido o ritmo atual de vendas, o estoque seria suficiente para abastecer o mercado por 14 meses.

De acordo com o presidente da Comissão Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci, o mercado deve ter um desempenho positivo também no fim deste ano, baseado na continuidade da recuperação da economia brasileira, melhora gradual do nível de emprego e disponibilidade de financiamento.

“Tudo indica que devemos ter um quarto trimestre forte em lançamentos e vendas”, afirmou nesta segunda-feira, 26, durante apresentação do estudo. O levantamento da CBIC considera os números de 21 cidades e regiões metropolitanas do país.

Otimismo – Os lançamentos e as vendas de imóveis no país devem crescer na ordem de 10% a 15% na comparação de 2019 com 2018, de acordo com projeções da CBIC.”Esperamos que seja um crescimento paulatino, que irá acompanhar a demanda por imóveis e a recuperação da economia do país”, disse Petrucci.

Ele ponderou, entretanto, que o avanço esperado do setor daqui para frente dependerá da garantia de disponibilidade de recursos para financiamento da compra e da construção de imóveis, especialmente dentro do programa Minha Casa Minha Vida, que hoje representa cerca de dois terços dos lançamentos e das vendas.

No último mês, a falta de recursos do FGTS paralisou temporariamente as atividades do programa habitacional, o que só foi normalizado após o remanejamento do orçamento do fundo.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, acrescentou que está otimista com as perspectivas para o ano que vem. “O País está entrando em um período de normalidade econômica. É nesse tipo de cenário que o mercado imobiliário mais cresce, pois depende da confiança dos agentes”, afirmou.

Fonte: ibrafi.org.br