A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), apurou que em agosto de 2018 foram comercializadas 2.581 unidades residenciais novas. O resultado é 67,4% superior em comparação às 1.542 unidades vendidas em julho; e 38,4% acima das 1.865 unidades de agosto de 2017.
No acumulado de janeiro a agosto, foram vendidas 16.124 unidades – 46,7% acima das 10.991 unidades do mesmo período do ano passado.
Agosto registrou a segunda maior quantidade de unidades residenciais novas vendidas do ano. “O mês apresentou também um forte ritmo de vendas, demonstrado pelo indicador VSO de 13,4%, o maior do ano”, diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
O crescimento das vendas foi potencializado, sobretudo, pelo bom desempenho de comercialização dos imóveis econômicos enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida, de 1 ou 2 dormitórios. “Este produto atende principalmente a demanda das famílias que buscam adquirir a primeira casa própria, e que se encaixam nos parâmetros do programa”, ressalta Petrucci.
Lançamentos – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou, em agosto, 1.410 unidades residenciais lançadas, resultado 46,4% inferior ao de julho (2.629 unidades) e 10,7% abaixo do mesmo mês de 2017 (1.579 unidades).
De janeiro a agosto, foram lançadas 12.107 unidades residenciais na capital paulista, 16,0% acima do registrado no mesmo período do ano anterior (10.437 unidades). Os lançamentos do ano continuam inferiores às vendas.
Passados dois terços do ano, o mercado imobiliário vem demonstrando sinais positivos de recuperação. “Mas é necessário nos prepararmos para o futuro”, alerta Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP. “A falta de calibragem da Lei de Zoneamento da cidade de São Paulo ainda prejudica a viabilização de novos projetos”, complementa.
Para o presidente da entidade, Flavio Amary, apesar das incertezas no cenário político, ocasionadas principalmente pelo período eleitoral, os dados do mercado vêm comprovando que existe demanda e que o setor tem muito a produzir para atendê-la. “No médio e no longo prazo, as perspectivas são positivas. Até porque, os presidenciáveis reconhecem a importância da indústria imobiliária como forte indutor da economia e importante gerador de emprego e renda”, afirma o dirigente.
Imóveis econômicos – Do total vendido nos oito meses deste ano, 39% foram de unidades econômicas (6.253 unidades). Houve crescimento da participação desse tipo de imóvel comparativamente com o mesmo período do ano passado, que era de apenas 14% (1.593 unidades).
“Apesar de a participação percentual dos outros mercados ter diminuído, saindo de 86% para 61%, houve um aumento de 5% na comercialização, se compararmos as 9.871 unidades vendidas este ano com as 9.398 unidades do ano passado”, explica Flávio Prando, vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Secovi-SP.
Nos segmento econômico, foram identificados 3.080 unidades ofertadas em agosto – 18,5% do total disponível da cidade de São Paulo (16.692 unidades) –, 875 unidades vendidas, 411 lançamentos e VSO de 22,1%.
Os demais segmentos de mercado foram representados com a oferta de 13.612 unidades (81,5% do total), com as vendas de 1.706 unidades, os lançamentos de 999 unidades e o VSO de 11,1%.
Oferta – A capital paulista encerrou o mês de agosto com a oferta de 16.692 unidades disponíveis para venda. Houve redução de 8,8% em relação a julho de 2018 (18.306 unidades) e de 15,0% em comparação a agosto de 2017 (19.630 unidades).
Os imóveis de 2 dormitórios destacaram-se em quase todos os indicadores do mês de agosto. Eles registraram maior volume de vendas (1.594 unidades), lançamentos (885 unidades), oferta (9.268 unidades) e melhor VGV (R$ 508,4 milhões). Os apartamentos de 1 dormitório, por sua vez, tiveram o melhor desempenho de vendas, com VSO de 20,8%. Foram 815 unidades comercializadas desta tipologia dentre as 3.912 unidades ofertadas e lançadas no mês.
Imóveis com menos de 45 m² de área útil destacaram-se em todos os indicadores: maior quantidade de vendas (1.723 unidades), de lançamentos (686 unidades), de imóveis ofertados (6.577 unidades), VGV (R$ 493,2 milhões) e VSO (20,8%). Unidades com valor de até R$ 240.000,00 lideraram em quantidade de vendas (1.393 unidades), lançamentos (624 unidades) e VSO (24,7%). Na faixa de preço de R$ 240.001,00 a R$ 500.000,00, foi registrada a maior oferta (5.718 unidades).
Fonte: investimentosenoticias.com.br