Após um longo período de incertezas, altos índices de distratos e crise financeira, o mercado imobiliário promete uma reação positiva para 2019. A expectativa é de que o metro quadrado comece a ser mais valorizado, movimento que faz deste bom ano para investir ainda mais na área. Por isso, especialistas avaliam e esclarecem como os compradores devem agir.
“É importante aproveitar o momento econômico extremamente viável para a compra de imóveis de forma geral. A economia do mercado imobiliário encontra-se em uma linha de retomada lenta de crescimento, ainda saindo devagar da crise vivenciada pelo país e setor nos últimos anos. O momento ainda possibilita boas negociações, bons preços, bons produtos e oportunidades ímpares para a aquisição de um lote, casa ou apartamento”, afirma o advogado especialista em direito imobiliário, Diego Amaral.
Para ele, mudanças na legislação, como a Lei do distrato, também implicam em fatores para quem for investir em imóveis. “Principalmente em relação à sanção da lei do distrato, que dá uma maior segurança jurídica para o setor, tanto para o consumidor adquirente, quanto para o loteador, empreendedor. Para aquele adquirente que não irá ficar inadimplente com o contrato, que possui exata consciência do bem adquirido, a Lei é excelente, pois lhe dá a segurança necessária do cumprimento contratual, sob pena de o empreendedor arcar com um ônus pesado em razão do descumprimento contratual”, explica, concluindo que, “para o adquirente inadimplente, o ônus estabelecido na Lei também é bastante oneroso.”
A consultoria Cushman & Wakefield, empresa americana de serviços imobiliários, também divulgou que a tendência de crescimento no setor já é realidade e que os números de 2018 confirmaram as previsões da demanda por imóveis subindo. Os dados da consultoria também mostram que houve redução na oferta por empreendimento, o que acontece em função da recessão. Por conta de uma demanda maior que a oferta, o preço do metro quadrado deve subir.
Dados da empresa americana apontam que em 2018 a venda de imóveis residenciais cresceu cerca de 10%. Já nos imóveis corporativos os números apontam uma queda de espaços a serem ocupados em São Paulo estando atualmente em 21,4% (já atingiu 29,5% em 2016). Considerando contratos assinados sem mudança, a taxa já cai para 18%.
“Depois de um período de estagnação, temos observado uma maior procura pelos loteamentos que oferecemos, sejam habitacionais ou corporativos. Isso demonstra que melhorou o otimismo com a economia, sendo que geralmente loteamentos e imóveis são os primeiros que se valorizam com retomada econômica”, explica Marcus Cunha, Diretor de Marketing do Grupo Realibras/Conspar, especializado em empreendimentos imobiliários.
Goiás – Goiás acompanha de perto as tendências e mostra que sua capital, Goiânia, fechou 2018 como a segunda cidade com maior valorização do preço de imóveis residenciais. Dados do Índice FipeZap. Segundo o levantamento, o valor médio dos imóveis na capital aumentou 2,5% no ano passado, com o metro quadrado sendo vendido em dezembro a R$ 4.210.
A pesquisa leva em conta dados de 20 municípios brasileiros onde mostrou Goiânia ao lado de Curitiba (PR), onde a valorização alcançou de 3,39 %, e São Caetano do Sul (SP), onde o crescimento foi de 2,49%. Ou seja, a capital de Goiás fechou o ranking das três cidades com maior elevação no preço dos imóveis.
Goiânia e Aparecida – Goiânia e Aparecida de Goiânia também seguem registrando aumento nas vendas de imóveis. Em 2018 em relação a 2017 houve crescimento de
27% e a tendência e melhorar. 2018 e 2017 registraram venda de 6.579 e 5.169 imóveis, respectivamente. O levantamento foi desenvolvido pela Bureau de Inteligência Corporativa (Brain) e divulgada pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) nesta semana.
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