Bovespa opera em alta, após forte queda no dia anterior

No dia anterior, o IBOVESPA caiu 3,74%, a 94.635 pontos, na maior queda diária desde 28 de maio de 2018.

O principal indicador da bolsa paulista, a B3, opera em alta nesta quinta-feira (7), se recuperando da forte queda da véspera, puxada principalmente por ações de bancos e Petrobras, enquanto a Vale ainda era pressionada por preocupações sobre os desdobramentos da tragédia em Minas Gerais.

Às 13h42, o IBOVESPA subia 0,73%, a 95.404 pontos.

Destaques

CSN, CVC e Eletrobras lideravam as altas do índice, com valorização de mais de 3%.

As ações do Bradesco e Banco do Brasil tinham alta de mais de 1%.

A ação da Vale caía perto de 1%, ainda afetada por temores sobre os desdobramentos da tragédia com o rompimento de uma barragem da empresa e impactos da suspensão da barragem Laranjeiras, que atende a maior mina da companhia em Minas Gerais. Desde o desastre em Brumadinho, no final de janeiro, o papel da Vale acumula queda de mais de 24%, segundo a Reuters.

Petrobras tinha valorização, a despeito da queda dos preços do petróleo, ajudando a sustentar o IBOVESPA no azul.

BRF liderava as baixas do dia, com queda de quase 5%, após anunciar venda de ativos e adiamento de metas.

Cenário local e externo

A Reuters destaca que a equipe da XP Investimentos afirmou que, apesar do declínio da véspera, continua otimista e acredita que 2019 pode ser transformacional para o Brasil com a evolução das reformas necessárias.

Eles reiteraram, contudo, que o mercado antecipou parte da melhora no cenário no Brasil e que fevereiro pode ser de volatilidade, com respiro no IBOVESPA.

Análise gráfica da Ágora aponta que o índice iniciou o movimento de queda esperado em direção ao primeiro apoio marcado nos 94.500, podendo estender até perto de 93.100 ou mais abaixo, nos 91.200, nível onde a força compradora poderia atuar.

O cenário externo mais negativo atenuava uma recuperação mais forte, com Wall Street caminhando para baixa, com preocupações sobre crescimento pesando nos negócios após a União Europeia cortar previsões para a economia.

Pregão anterior

No dia anterior, o IBOVESPA caiu 3,74%, a 94.635 pontos. Foi a maior queda diária desde 28 de maio de 2018, quando o índice recuou 4,48% em reação à greve dos caminhoneiros. Em 2019, porém, o índice acumula alta de 7,68%.

A queda foi puxada por um movimento conhecido como realização de lucros – ou seja, investidores aproveitam as altas dos dias anteriores para vender ações a um valor mais alto do que compraram. Com diversos investidores fazendo isso, aumenta a oferta de ações de mercado e o preço, consequentemente, cai.

Fonte: g1.globo.com